Ouvi falar da sinopose a esta Sinopse. Temas essenciais para o meu interesse imediado: Segunda Guerra Mundial, seja imediatamente antes, ou geralmente, nos anos de pós-Guerra que se seguiram. Calhou ser baseada na história de um amor verdadeiro, que ocorreu mesmo, numa Berlim primeiro devastada pelo horror bélico, depois dividida por um muro ideológico. E nessa divisão, uma separação. Temas essenciais para o meu interesse imediato: os livros dentro do Livro. Se porventura pudermos juntar o poder literário dentro de uma história, desde que bem contado, melhor. No caso, existe uma livraria, um tio bibliotecário/livreiro, e outra história, dentro da história que deu origem à história da livraria em si. E claro, aí há livros e o que eles são capazes de fazer, a sua força transformadora de personalidades, caráter e, no fim de tudo, no que somos ou não capazes de fazer para nos protegermos, para cuidar dos nossos e por Amor.
Acredito que haja quem aqui esperasse uma crítica detalhada às passagens, uma descrição síntese da trama "despacha lá isso para dizermos que também já lemos", mas não. Não o faço. Posso garantir que os livros no livro de Afonso Cruz (Companhia das Letras, Dezembro 2021), voam, transforma, salvam vidas, mas que também talvez NEM tudo seja justificável. Nem tão pouco admissível. É sim um livro lindíssimo que li entre o Natal e o Ano Novo, como que em pronúncio de novos tempos, mais esperançosos talvez, ou para refletir que na Vida, nada dura para sempre. Nem muros, nem separações físicas. Mas que existiu, sim, da parte do autor, trabalho de investigação, entrevistas e curiosidades familiares.
Mas mais importante, uma escrita fluida, parágrafos belíssimos de analogias e comparações, apenas para que todos nós, os Theobalds, possamos ver mais do que o básico que se encontra mesmo à nossa frente.
Mais para ler aqui, na Revista Rua
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