March 2011 - Cláudia Paiva Silva

Monday, March 14, 2011

E no meio de toda esta convulsão política nacional...
March 14, 20110 Comments
... convém lembrar que existem 4 centrais nucleares no Japão em risco e que, numa delas, já se deram 2 explosões não-controladas nos núcleos de refrigeração. Estaremos perante um novo Chernobyl mas 4 vezes mais devastador? E se for esse o caso, quais os riscos não só para o Japão e países próximos, como para o resto do Mundo?
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E agora?
March 14, 20110 Comments
O Povo foi para a rua, qual 1º de Maio ou pós-25 de Abril. Mas mudou alguma coisa? Sim, manifestaram-se, disseram o que estava errado e até alguns apresentaram algumas propostas. As minhas são de base e básicas. Tudo está errado em Portugal... a começar pela nossa pirâmide demográfica que se está a parecer cada vez mais com um triângulo invertido. As terras deveriam ser novamente aproveitadas, a escolaridade obrigatória deveria ser "como no meu tempo", sem passagens de ano avulsas só para ficarmos bem na estatística, entre outras coisas muito pequeninas aos olhos de muitos. Contudo já ouvi, li e vi coisas que me deixaram com os cabelos em pé. "100 000 pessoas na rua? Que horror! A culpa é do Cavaco com aquele discurso a puxar à mobilização nacional...", "ai, mas afinal a manifestação serviu para quê? Que chatice... a tarde esteve tão bonita e não se podia passear em condições pela cidade. Além disso, as coisas vão piorar, não percebo porque razão houve esta confusão toda..." - dito de quem, dias antes, tinha jurado a pés juntos que iria, que participaria, que realmente tínhamos chegado a uma situação deplorável em que já não dava mais para estarmos calados. Não! O povo, a geração à rasca e, pelo que pude verificar na primeira pessoa, todas as outras gerações, pais, avós e até netos, vieram porque isto realmente não pode continuar assim (mas vai continuar, é uma verdade, é certo e qualquer outro partido que vá para o poleiro não vai salvar ou resolver nada), e pelo menos que demonstremos a nossa indignação, principalmente quando na madrugada anterior é um PM completamente catatónico que nos avisa (porque, sei lá, se sentiu "obrigado", porque por ele nem sequer tínhamos direito a saber de nada, afinal é um assunto de "governação" e portanto não se deve passar "cavaco" a ninguém) de mais um pacote de medidas agressivas e extremas porque precisamos de parecer bem ao Sr. Sarkozy e à feiticeira Merkel e porque temos algures um poço sem fundo que precisa de ser coberto rapidamente antes que os espertalhões de Bruxelas o descubram. Mas nós, o Povo, continuaremos a aguentar a pressão dos mercados internacionais e todas estas alterações ao orçamento de Estado, os aumentos de IVA e descontos para o IRS, os cortes nas pensões e o congelamentos das mesmas juntamente aos salários. Contudo é bom que se fixem nisto: não somos parvos e não andamos a dormir.
Por agora ficamos com mais um aumento nos combustíveis, com a paralisação dos camionistas, e com a redução de IVA para o golfe? Mas.... ahn?? Golfe com redução de IVA?
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Friday, March 11, 2011

March 11, 20110 Comments
E depois, de quando em vez, temos estas "pequenas" demonstrações do Poder que a Natureza tem, só para nos colocarmos no nosso devido lugar enquanto espécie animal, dita de "racional".
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Thursday, March 10, 2011

Wednesday, March 09, 2011

Só hoje é que percebi....
March 09, 20110 Comments
mas os homens são um bocado mariquinhas, não são? E quando apanham uma tipa ingénua que nunca tinha visto tal coisa, ainda conseguem ser mais maricas do que o costume ao ponto de nos porem numa pilha de nervos... Apre!
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Friday, March 04, 2011

Downgrade
March 04, 20110 Comments
Li agora que Portugal pode atravessar uma grave crise de carência alimentar, uma vez que os preços dos alimentos estão a ficar cada vez mais caros. No tempo dos nossos pais e avós, fome era uma palavra comum, devido às guerras, aos pós-guerras, à pobreza geral. No pós-25 de Abril, os campos outrora trabalhados pelo POVO, deixaram de produzir. Uma coisa é a "terra a quem a trabalha" outra é, esses trabalhadores saberem lidar com as burocracias e dinheiros. Hoje em dia, os agricultores vivem (muitos deles, mas não todos) à custa dos subsídios que, meus caros, irão acabar, se é que já não acabaram. E nós, geração enrascada que, segundo alguns, não gosta de sujar as unhas com trabalho, iremos começar a passar fome ou pelo menos a ter algumas omissões alimentares. É fantástico ouvir e ler comentadores afirmarem que a culpa, para além desta cambada de jovens enrascados, claro, é de quem nos educou e criou, porque não nos chamaram a atenção de que um dia as coisas iriam mudar... para pior. Pois, eu realmente já disse à minha mãe que ela fez um enorme disparate em ter deitado fora a "bola de cristal" que tínhamos, pois é óbvio que lhe teria dado jeito. Mas ela, coitada, acreditando que o meu futuro seria melhor que o dela, pelo menos quando tinha a minha idade, uma vez que eu iria estudar e ter uma licenciatura e talvez um mestrado, num país que durante o fim dos anos 80 e durante toda a década de 90 até nem passou mal, pensou que realmente não precisava já dos seus dotes de vidente do futuro. Quem diz ela, diz todos os outros pais de gente enrascada entre os 25 e os 40 anos. Todos falam da canção dos Deolinda, mas esta manha recordei-me de uma que, para mim, será ainda mais emblemática, embora raras sejam as almas que se lembrem da sua letra e da sua intenção. (Se calhar sabem-na melhor cantada com a letra do Futebol Clube do Porto...). Chamava-se "Filhos da Nação", data de 1993/94, altura das outras manifestações estudantis da, na altura, designada "geração rasca". Parte da letras consistia no seguinte: "... no canudo reside a esperança.." e qualquer coisa como "... ansiosos por saber, se o Futuro é salvação". João Portela, letrista, e, obviamente, vidente! Pois, naquela época, todos queriam ser doutores e engenheiros, tudo queria ter um canudo, porque supostamente isso dar-nos-ia a resposta às nossas dúvidas (e na altura eu tinha 9 anos, sabia lá alguma coisa da vida). Hoje a continuação da cantiga resume-se a "... que mundo tão parvo, onde para ser escravo é preciso estudar..." É o exemplo maior do downgrade a que tivemos direito. Estuda = vais ser alguém na vida; Estudaste = afinal não vais ser ninguém na vida. E agora isto da carência alimentar.... Presumo que já tenham visto as reportagens sobre as hortas que se estendem nos campos em redor das autoestradas e vias-rápidas, pelo menos na região de Lisboa. Acho, cada vez mais, que devíamos ter a nossa horta particular, auto-sustento para famílias, quiçá. Porque isto está mal e vai, realmente, piorar.
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Thursday, March 03, 2011

Upgrade
March 03, 20110 Comments
De "geração rasca" passámos a "geração à rasca" (uns mais que outros digo desde já, uma vez que conheço os que realmente lutam e não conseguem e aqueles que cruzam os braços e deixam-se ficar e ainda assim lamentam-se). De país analfabeto e iletrado passámos a ser um dos países com maiores taxas de alfabetização, sem contar com o cada vez mais crescente número de jovens com licenciaturas, mestrados, doutoramentos e pós-graduações.
E agora? O que é Portugal faz por nós e nós fazemos por Portugal? Não sei a resposta, lamento, mas quando fiz a minha licenciatura, na mesma apenas aprendi a perceber como funcionava o ciclo litológico ao pormenor e a saber quase todos os grandes pequenos processos que lavavam as rochas a serem o que são e como são e tal. Ninguém me ensinou, porque não tive nenhuma disciplina nesse sentido, a forma de resgatar o meu país de nascença de uma catástrofe sem limites. Mas sei que dia 12 de Março poderá ser o início de alguma coisa, nova, boa, de e com esperança. Eu vou lá estar... e vocês?
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Wednesday, March 02, 2011

Vampira de Luz
March 02, 20111 Comments
Sim, sou uma vampira, uma autêntica sugadoura de energias e boas vibrações, de tal forma que quando fiz reiki pela primeira vez cansei a minha terapeuta. O mesmo aconteceu há dias. A energia e luz que um GRANDE AMIGO meu tinha estampada no rosto, no corpo, na voz, foi para mim um carregador de baterias, uma imensa alegria e emoção, um imenso estado de leveza e simplicidade. Nunca pensei sentir-me tão feliz com a felicidade de outra pessoa, felicidade essa visível e palpável. Uma coisa que, presumo, só quem já esteve muito lá no fundo é que dá o devido valor e consegue sentir. Portanto sempre que alguma coisa me faça sentir mais cansada ou triste ou aborrecida, faço o favor de parar o que estou a fazer, respiro fundo e relembro aquela aura luminosa. E logo isso me dá um sensação de alívio e de tranquilidade. E é claro que me arranca um sorriso do rosto. Espero não estar a ser egoísta...
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Tuesday, March 01, 2011

Houve Oscares?
A dúvida existencial...
March 01, 20110 Comments
Durante o tempo em que estagiei um dos problemas que eu tinha era saber que durante 12 meses o que eu ganhava seria um valor bruto, pago a recibo verde mas que não me dava qualquer benefício fiscal nem contribuía para os cofres do Estado via Segurança Social. Por um lado ainda bem, pois se os estagiários (remunerados!!! e com isso tive sorte!) não ganham muito, então os descontos para a S.S. seriam terríveis ao ponto de quase não levarmos nenhum para casa, por outro lado, caso nos acontecesse algum azar, não teríamos a oportunidade de iniciar os nossos descontos para uma futura reforma, nem tínhamos direito a baixa médica, nem nada. Pois bem, a partir de hoje todo e qualquer estagiário nacional irá começar a descontar para a Segurança Social, sendo taxados conforme a sua remuneração e com isto digo que se existem remunerações de estágio baixas, conforme as empresas, especificamente as privadas, nas públicas, o estágio de 900 euros é "muito bem" taxado... e possivelmente a esses 900 euros serão retirados 100 a 200 euros, levando a um salário mensal de 700 euros, o que para quem quer começar uma vida, é pouco (não nos esqueçamos, mais uma vez, que para bem dos nossos pecados os estagiários são pagos a recibo verde). Desculpem, mas para mim é pouco. As rendas estão caras, as pessoas têm de pagar Luz e água, bens cada vez mais caros (e agora se houver atrasos ainda corremos o risco de sermos penhorados), a vida É cara! E já nem aqui falo de automóvel.... porque isso é a meu ver para quem mora a 200km do local de trabalho... (sim, não tenho carta e o carro da minha mãe está parado há ano e meio). Agora fico na dúvida: compensa ou não? É bom ou não? A minha primeira reacção é sem dúvida negativa e a balança está a pender para esse lado, mas não totalmente... existem uns pós no lado positivo, mas, realmente, haverá lado positivo??
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