July 31, 2009
BY Cláudia Paiva Silva 0
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Marjane Satrapi
1 day ago
Snow Patrol- Take back the city
São Martinho do Porto: vista sobre a vila e baía, que corresponde ao bordo mais ocidental da zona diapírica (vale tifónico) existente nesta região numa estrutura em antiforma (40 km de comprimento desde a Nazaré até Óbidos, 8 km de largura); uma zona diapírica é uma zona onde pode ocorrer uma grande concentração de sais, resultantes de ascensão por contraste de densidades entre materiais distintos, desde uma dada profundidade, denominando-se este fenómeno por halocinese. No caso de São Martinho e restante Bacia Lusitânica, este diapirismo terá tido como base a tectónica decorrente do início da abertura do Atlântico Norte, com actuação de campos de tensões que terão promovido a ascensão dos materiais, auxiliada, claro, pela halocinese. Na arriba calcária que se pode observar à esquerda (Jurássico Superior), ocorrem veios de gesso, correspondentes aos evaporitos da Formação da Dagorda. (Orientação foto: N-S)Detalhe dos veios de gesso fibroso, no encosto tectónico das argilas salíferas da Formação da Dagorda com os calcários do Jurássico Médio, que são testemunho da intrusão em São Martinho, na base da rampa para o porto de pesca.
Praia de Santa Cruz/ Formosa: para Sul, ao longo da falésia que está em contacto com as Margas da Dagorda (as MD correspondem a mais um diapiro que se vê a Norte, junto do calçadão da praia de Santa Cruz, de cor avermelhada),
Praia do Baleal: do lado direito, vê-se o Atlântico, do lado esquerdo, a pequena baía; ao centro o tômbolo que liga a ponta do Baleal ao continente e que tapa, igualmente, o contacto tectónico entre o Jurássico Médio e Superior. (A páginas tantas senti-me completamente desorientada aqui).Geóloga. Blogger. Aspirante a tudo o que é Cultura. Politicamente incorrecta. .