Acordei com ansias de te encontrar, os teus braços enrolados em mim como acontecia nas manhãs quentes de Verão. Dir-me-ias que tenho a Luz da cidade reflectida no meu olhar e que tudo o resto era uma dança de fogo e cores vivas, azul, verde, vermelho, amarelo.
Percebo agora que não estás perto sequer. Que os teus braços enrolam o corpo de outra pessoa, que a cidade está cinzenta e escura com o aproximar do Inverno, que o meu olhar é pardo e cansado de 1 ritmo diário frenético, sempre igual, repetido até à exaustão, durante a qual, quando chega, a minha mente se esquece de ti por longos momentos e eu volto a sentir alguma paz. Depois volta tudo ao início, à dor de te deixar ir, à dor de te teres de afastar de mim, porque tudo foi um momento perfeito. Não se voltará a repetir.
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