Tons da Ria - Cláudia Paiva Silva

Sunday, September 01, 2019

Tons da Ria

Resultaram as mini férias numa constipação para eu "saber quem é que afinal manda aqui". Ao segundo dia numa tentativa de "fuga à normalidade" (num total de 4), a garganta cedeu, roubando-me energia. O que se perdeu em praia, em viagens de barco dum lado ao outro da Ria Formosa - onde nunca tinha ido - ganhou-se em sestas de recuperação à beira de piscina, num silêncio quase sepulcral. 
Se estava desconfiada com o conceito de hotel "só para adultos", depressa percebi as suas vantagens. Implica uma paz que dificilmente se encontra em Agosto na maioria dos locais estivais e badalados. Não se observam birras matinais, má educação, bombas nas piscinas, não implica crianças a correr na sala de refeições. Na sua essência, e para mim, o essencial, não se verifica barulho. E sim, Tavira é uma terra encantada para mim, Santa Luzia, tradição - esqueçam que eu seja menina fácil de cidade bem cosmopolita. Confesso gostar de comodidade, de luz elétrica e acesso wifi. Algumas lojas de rua, cafés e restaurantes, mas não precisamos de descaracterizar uma região para agradar apenas os troianos que querem brincar aos pobrezinhos. Estive em Ferragudo e não trocaria por Portimão para "passar tempo". Quanto mais pitoresco e tradicional, melhor. E enquanto não nos apercebermos que os turistas (na sua maioria os tais britânicos, alemães, noruegueses e outros vikings) gostam exatamente disso, estaremos simplesmente a destruir o que é mais puro. A essência que nos torna num povo tão acolhedor. Tão único, resultante de uma mistura tão privilegiada e com uma cultura e tradições tão nobres, quanto antigas.




















Vestido: As Deolindas @asdeolindas
Bandolete: Cata Vassalo @catavassalo
Menorcas: Ria Menorca





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