- Cláudia Paiva Silva

Friday, June 26, 2009

Sexta-feira, 26 de Junho de 2009 NÃO INTERESSA SE ÉS PRETO OU BRANCO Pronto, tá bem. Morreu o Michael Jackson. Já sei. E ele não estava já morto? Como artista. Como músico e bailarino. Não foi ele que se matou, também, paulatinamente? Ok. Deu-nos o "Billy Jean" e o "Beat it" - ou foi o Quincy Jones? Não. Foi a voz dele, os guinchinhos abafados tão sensuais, o agarrar nos tomates só com dois dedos. Foi a fantasia elevada à categoria de imoralidade. A Neverland. Foi os milhões aos berros por ele, as criancinhas que lhe davam a infância que nunca teve. O dinheiro que lhe dava a pose que nunca teve nem tinha jeito para ter. Ele era um rebelde que devia conformar-se com os chupistas que o rodeavam. Era um vendido. Um artista. Vendido. O pai trabalhava nas minas. Ele comprou-as. Da indigência ao estrelato em menos de 20 anos. Será pedir muito? Um dos homens mais ricos do mundo morreu. A música ficou mais pobre por isso? Não. A música irá sobreviver. E tudo aquilo que ela vale será avaliada a partir de hoje. Amanhã e daqui a muitas gerações poderemos então saber se ele mereceu ser lembrado pela música e não apenas por ter os ossos do homem-elefante. etiquetas: música, quotidiano Postado por Pedro Marques às 15:29 in: http://fora-de-cena.blogs.sapo.pt/

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