Mas voltando ao essencial, foi este mesmo D. João V, capaz de tanto ou de tentar tanto, pese embora a forma, sabendo nós que para grandes feitos, muito sofrimento se provoca, que também mais amou a outra, a freira, a puta, a rameira, a que tinha mau feitio. Essa Paula que durante 13 anos foi-lhe confidente de cama, de travesseiro, de política, de histórias de maldizer. Havia quem dela dissesse o pior, mas, na minha humilde opinião, e como quase em tudo na vida que começa com maledicência, o que de facto a Paula ou a Madre Paula, a freira de Odivelas mais famosa da História de Portugal, dava às pessoas era medo pelo poder que tinha em relação ao Rei e inveja, exactamente pelo poder que ele, nela, confiava.
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Sendo que a idade média passando para o Renascimento serão os temas que mais leio (venham de lá esses romances todos, e exceptuando aquela fase da Segunda Guerra Mundial), deixo aqui três livros que acho serem um bom ponto de partida para este mundo... e para o mundo da Paula, que a meu ver terá sido uma das mulheres de segundo plano, de baixo nível, de estrato social inferior, com mais influência numa época de Homens.
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