As alterações no sistema Atmosfera-Oceano também podem ser induzidas pela actividade humana. Existem hoje em dia tantas pessoas (aproximadamente 6 biliões) e as nossas actividades são tão invasivas, que os humanos tornaram-se numa parte importante da evolução física e química do planeta por inteiro. As alterações por nós provocadas não estão limitadas pela construção de prédios, barragens e autoestradas, assim como, pela destruição da vegetação natural de florestas e planícies; estamos também a alterar a composição da atmosfera em formas que podem afectar o clima global e até mesmo o nosso futuro enquanto espécie.
A história recente do sistema Atmosfera-Oceano, envolve modificações químicas criadas pelo Homem. Tanto uma, como o outro, estão a ser poluídos com produtos e por produtos da nossa indústria moderna e práticas agrícolas. Por exemplo, os fluorcarbonatos (CFC's usados como refrigerantes) atacam e destroem moléculas da camada do ozono na estratosfera. Até mesmo as quantidades mais pequenas de CFC's que são lançadas, modificam o balanço de Ozono diminuindo a sua quantidade e aumentando a área de perda, criando um efeito de "buraco", em ambos os pólos (por serem as regiões "achatadas" do planeta). O buraco do Ozono ocorre e desaparece consoante as estações, tornando-se mais evidente/ profundo, durante o Inverno, quando a produção de Ozono é naturalmente mínima. A destruição do Ozono estratosférico, aumenta a quantidade de raios UV que atingem a superfície terrestre.
O clima global é baseado na energia proveniente do Sol, espalhando-se de forma desigual pela superfície. Porque o calor é concentrado no Equador e difundido nos pólos, a circulação planetária ocorre na Atmosfera. Os ventos formam-se pela deriva atmosférica, sendo essenciais na circulação oceânica superficial, apenas com interferência dos continentes. A circulação profunda é elaborada através de diferentes desnsidades provocadas pelas quantidade de sal e temperatura. Em resposta, o movimento das águas no oceano modera as diferenças de T (Temperatura) no Globo. As diferentes zonas climáticas são o último resultado destas variações e têm um impacto óbvio em todos os aspectos do sistema hidrológico e da sua interacção com a litosfera (parte rígida da crosta terrestre, ou seja, da camada mais superficial da Terra). O seu papel na evolução da vida e espécie humanas não deve, pois, ser subestimada.
As alterações climáticas globais, provocadas pela actividade humana é um assunto importante a nível político e científico. Queixas e contra-argumentos abundam no debate político, sobre a realidade de um possível aumento da quantidade dos gases de efeito de estufa na Atmosfera, sobre qual a sua origem e sobre o aumento consequente de T. Do ponto de vista científico, os factos são bastante reais e pouco hipotéticos. Existem pelo menos seis pontos fundamentais para a interpretação do "efeito de estufa":
1. O Dióxido de Carbono na Atm absorve calor radiado da superfície e prende-o na troposfera. Sabe-se que existem determinados gases que absorvem a radiação segundo comprimentos de onda específicos dependendo dos átomos moleculares e do seu tipo de ligação química. Aos gases que aborvem a energia e, como tal, aumentam a T atmosférica, dá-se o nome de "gases com efeito de estufa".
2. As concentrações de CO2 têm vindo a aumentar desde 1800. A 1ª evidência veio directamente de medidas realizadas à composição atmosférica. Desde 1958, amostras regulares mostram que a concentração de CO2 aumentou de 315 a 360 ppm. Por outra via, através da extracção cuidada de bolhas de gás presas em gelo glacial, estendemos as medidas até várias centenas de anos atrás. Em 1700, o conteúdo de CO2 na Atm, mantinha-se a um nível aproximadamente constante de 275 ppm, mas aumentou para 360 ppm, nos últimos 250 anos.
3. O carvão, petroleo e gasolina (todos combustíveis fósseis) queimam a lançam CO2 para o ambiente sob a forma de um sub-produto.
4. O aumento de CO2 provém directamente da queima de combustíveis fósseis, não da emissão de gases vulcânicos, ou de outras fontes naturais. Este facto é revelado pela composição isotópica do carbono no ar.
5. A utilização de combustíveis fósseis aumentou drasticamente desde 1800 não só porque a população mundial também aumentou, bem como devido à Revolução Industrial.
6. Existe um consenso científico de que a T global aumentou 0.8 ºC, nos últimos 100 anos.
Interpretações: Pode-se afirmar, de uma forma genérica, que o aumento de CO2 atmosférico, provoca um aumento da T global do planeta, podendo esta estar também condicionada pelo aquecimento através dos gases de efeito de estufa.