Sobre as eleições (porque estamos a dois dias e amanhã tenho o dever e a obrigação por Lei, em estar calada): sempre votei, SEMPRE. Desde os 18 anos, nunca falhei nada, nem referendos, nem legislativas, nem autárquicas, sempre votei com consciência que o meu voto sairia das minhas convicções, fossem elas mais de esquerda ou mais de direita (quem nunca se sentiu ligeiramente JCP que atire a primeira pedra ao charco!). Mas este ano, neste 2015 que tem sido algo trapalhão, já não tenho a certeza que o meu Voto seja útil, inútil, assertivo, de coração ou de convicção. Tenho, pela primeira vez, a sensação de atirar tudo ao ar e dizer "que se lixe esta merda toda, eles que se decidam e escolham!" E acho que se não puser os pés na minha antiga escola secundária, não estarei "nem aí" para o sucedido. Assobiarei para o lado como tantas outras pessoas costumam fazer - mas ao contrário delas, que depois passam 4 anos a criticar, a maldizer, eu ficarei calada a ver a caravana passar. É um bocadinho como aquelas pessoas que passam um Inverno inteiro a dizer que estão fartas do frio e da chuva, mas assim que apanham os primeiros raios de sol queixam-se: "ai, este sol faz impressão à vista"... PQP! Ide-vos morder todos num sítio que eu cá sei, mas por favor, livrem-se de dizer seja o que for perto de mim! (E muito menos livrem-se de me apontar o dedo como possível eleitora não participante...)
Antonio Tabucchi
4 weeks ago
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