É engraçado como com relativa facilidade dizemos que nada acontece por acaso ou que ninguém entra na nossa vida só por "dá cá aquela palha". A verdade é que na maioria das vezes até podemos conhecer pessoas novas, mas é preciso trabalhar para as manter, se é que as queremos manter por perto. E isso nada tem a ver com destino ou com o "estava escrito". Se assim fosse, a maioria de nós estaria sozinho. É verdade! Porque não somos iguais, porque temos de conhecer e nos deixar conhecer, as manhas uns dos outros, porque alguns de nós nascem para ser e ter amigos, outros para criar inimizades. E isso não é nem coisa pre-destinada, nem do acaso. É algo que nasce em nós e que vamos refinando ao longo da vida. Vamos crescendo e conhecendo quem nos rodeia as vamos separando em categorias.
Claro que quando nos aproximamos de alguém é porque temos algum interesse ou porque nos fez despertar curiosidade. Ou porque é bonita, ou porque é inteligente, ou porque, mais raro é certo, será ambas.
Não me venham com coisas, à medida que os anos passam, passamos a escolher gente com base na beleza, no savoir faire. Claro que depressa descobrimos o seu material interior e real e temos já métodos e meios, mesmo que muito subtis para as "afastar". Mas é isso que se passa mesmo e, mais uma vez, nada de acaso ou não-acaso, aqui.
É claranmente mais bonito ou romântico, vá, digamos, "mágico", acreditar em algo assim. Mas podemos também olhar para a questão de outra forma. Tirando os interesses ou gostos em comum, nós atraímos aquilo que emitimos. Se emitirmos 1 frequência positiva, alegre, descontraída perante a Vida, recebemos gente no mesmo prisma de energia. Se estivermos contudo noutra agulha, será óbvio que iremos atrair pessoas igualmente depressivas (e muitas delas sugadouras de Luz, o que também não é muito aconselhável). Não estou com isto a querer dizer que não mereçam a pena, claro que sim, e são geralmente excelentes criaturas, mas a vida deve ser maior que todos os problemas juntos (e não sou de todo a melhor pessoa para falar sobre isto - sou perita em ataques de mau-humor e fenómenos de "mosca a passar pelos olhos").
Dito isto, quando chamamos a atenção de outrém, há que ter cuidado com os sinais que transmitimos, com aquilo que queremos dela, com aquilo que queremos também dar, porque o pior será atrair e depois, afinal, "ups", não era bem isto, ou então, que foi um erro total.
O chato da coisa é que isso implica um elevado grau de desconfiança. Mais ainda se já temos uma certa experiência em desilusões ou enganos. Mais ainda se atraímos as pessoas certas mas nas piores alturas possíveis (nossas, delas...). Nesse caso, o que fazer? Ah, não sei. Estou a escrever isto porque me apeteceu. Não sou guru, nem coach (que está muito em voga). Mas garanto que se quisermos mesmo levar com a coisa avante, seja o que for, se valer mesmo a pena, há que trabalhar nisso e para isso. Atenção! Não é fazer disso a batalha da nossa vida - porque não vale a pena (e há mais vida para ser vivida paralelamente). Contudo, aí sim, deve-se deixar passar um dia de cada vez, Ver que presente o Presente nos dá. Ah, podem dizer-me, afinal o Destino... Sim, o futuro será o que tiver de ser. Por vezes trabalhamos em algo que se não tiver aquela estrelinha ao lado para ajudar, não tem hipótese. É seguir em frente e deixar o resto para trás. Mesmo que doa. Vai doar. Garanto que dói. Mas o engraçado é que se estivermos dispostos, irão aparecer uma série de novas oportunidades. Espera-se é que o Acaso não faça das suas.
O Futuro chega-nos sempre, mesmo que um pouco mais tarde do que o esperávamos. ;)
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