Estive ontem (e finalmente) com amigos com quem já não me encontrava há anos. Sempre pensei que as lágrimas viriam por esse momento de união, de (quase) plenitude a que chegámos aos 29 anos. Estamos junto há uma década e passámos por muito, tanto bons, como maus (péssimos até) momentos. Afinal as pontadas no peito e a angústia apareceram de outro modo. É natural. Eu já devia estar até a contar com isso. Do meu antigo grupo, por agora, ainda estão cá todos. Daqui a 1 mês, honestamente já não sei. E algo está muito errado em Portugal que deixa aquele grupo de pessoas, às quais já se juntam uma Economista, uma Advogada e uma Jornalista, sair porque não há espaço para eles - há espaço, mas não para trabalharem e viverem. E quando eu vejo os meus amigos, a minha família a emigrar, desespero. A minha geração vai embora, A MINHA FAMÍLIA está a sair do país. Como querem que eu fique? Contente? Sim, somos de uma terra de aventureiros, uma terra de descobridores, uma terra de emigrantes. Mas.. e os que ficam? Não devem sentir a falta? Não podem ter saudades, nem dó? (Já perguntei isto antes, mas eu sei que é muito complicado responder - tanto para os que já lá estão, como para os que ainda cá estão).
Antonio Tabucchi
2 months ago
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