Longe vai o tempo em que as festas de Verão se resumiam aos regressos estivais a casa dos nossos emigrantes, repovoando por escassas 2 a 3 semanas as aldeolas do interior. Agora, que os tempos são outros, de novas tecnologias e de consumismo, o que se quer é ir acampar para uma qualquer praia do litoral nacional e verem-se uns (des)concertos. Do Festival SW, não tenho quaisquer tipo de queixas - é festival que nunca me atraiu; para além de ficar no cu de Judas (sim, em Maio passei pelos terrenos que ficam in the middle of nenhures), os cartazes sempre deixaram a desejar. Este ano porém, chamou-me a atenção, mas pelos piores motivos, claro. 40000 pessoas acampadas, muitos assaltos, violência gratuita, culminando com as violações. A venda de droga sempre existiu e é um mal menor (só compra quem quer), portanto deixem os traficantes traficar! Agora não consigo admitir as violações. Parece que uma das jovens foi brutalmente atacada junto ao namorado que não morreu porque, enfim, acho que não calhou, por 40 animais. Sim, animais... não tenho outro nome a dar a indivíduos do género masculino que se comportam desta maneira. Se não são animais, então são o quê? E a organização a queixar-se de falta de legislação. Legislação para quê mesmo, afinal? Para a polícia de intervenção aplicar e recorrer à violência de forma a terminar com os desacatos e minutos depois, os putos, aparecerem na televisão a dizerem que não estavam a fazer nada e que foram agredidos por brutamontes? (É que depois, nestas coisas, vai tudo à frente, não interessa a idade, a cor, o sexo nem a religião). E para os paizinhos surgirem também atirando as culpas, mais uma vez, às autoridades públicas? Não não... meus caros, isto, agora, durante uns tempos, tinha bom remédio. Acaba-se com a brincadeira do SW durante uns aninhos, senão um dia destes, teremos um acampamento tribal e situações piores às deste ano. Não me lixem é o juízo, porque se há coisa que me horroriza são estes comportamentos.
Antonio Tabucchi
4 weeks ago
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