Até hoje e desde meados de Junho têm-se feito sentir os efeitos das promoções e descontos. Uma forma simpática das lojas (de marca luxuosa ou mais acessível ao grande público) venderem o que noutras condições não venderiam, até porque o calor este ano, ora vai, ora regressa e, se esperássemos pelos Saldos, então não comprávamos mesmo nada de novo. Eu sou mais amiga das promoções do que dos Saldos, exactamente por essa razão, porque não dá para esperar muito tempo até se puderem comprar as calças ou casacos estivais que até então eram caros (bom, poderiam não ser caros... mas para a maioria dos bolsos, começam a pesar). Assim sendo e vistas bem as coisas, acontece que a partir de amanha, por Lei, começam os descontos sobre os descontos e se na maioria das lojas estava tudo já muito escolhido, é bom relembrar que a maioria dos números mais cobiçados pelas mulheres portuguesas já voaram, assim como as peças de roupa mais giras ou engraçadas. De repente tudo o que é loja (mesmo as mais caras) viram feiras, e é ver tudo ao molho em cima das prateleiras, nas quais nos arriscamos a estragar ainda mais a roupa, porque temos que a puxar do meio de tanta tralha que está também por ali.
Outra coisa que li hoje foi o facto de serem cada vez mais homens (ou ser um cada vez maior nº de homens) quem procura as lojas durante estas épocas de descontos. A razão parece-me simples e basta olhar em nosso redor para entermos o porquê. Estão cada vez mais estilosos, cada vez mais bem cuidados, reprimem a barriga de cerveja, estão a deixar de fumar (tanto), praticam exercício e não, não são gays, simplesmente ganharam consciencia na sua figura, tornaram-se metrossexuais, não só por necessidade mas porque querem estar bem com eles mesmos. Em resposta, o quadro feminino (a meu ver, portanto não quero generalizar, embora admita que se torne cada vez mais difícil), está pior. As mulheres portuguesas que durante os anos 90 e agora no ínicio do novo século e milénio andavam a espalhar algum charme, estão a ficar deslavadas, parecendo que não têm gosto nenhum. Não se maquilham, mas também não se ralam em ter um bocadinho de boa aparência; fazem conjuntos de arrepiar, em que riscas e bolas parecem ser a mesma coisa, e estão a ficar feias. Lamento mesmo dizer, mas estamos a ficar feias (nós que nunca fomos bonitas em primeiro lugar, estamos a ficar AINDA mais feias). Quando digo bonitas, não me levem a mal, quero dizer que não temos o ar mediterranico que uma espanhola catalã tem, ou uma italiana, ou uma grega (loiras ou morenas, elas têm um perfil bonito... nós não). Mas vá, podíamos não ser estampas, no entanto jogávamos as nossas cartas em termos de moda. (E escusam de dizer que nós não somos mediterranicas, porque eu sei disso, não sou assim tão DAH!). De qualquer das formas, estamos a ficar desleixadas, isso é um facto, e eles, homens, estão a ficar cada vez mais giros, outro facto. Eu sei que neste momento existem outras coisas com que nos preocuparmos, em manter o emprego, em ganhar e poupar dinheiro, em resolver problemas, mas não acham que podíamos ficar um bocadinho mais contentes ou alegres, se a nossa auto-estima estivesse também um pouquinho mais acima do nível médio do mar? Não é preciso gastar dinheiro para isso acontecer, basta às vezes fazer-se uma "limpeza" ao roupeiro e aproveitar roupa para fazer conjuntos novos. Aliás, a MODA por si só, é uma imitação e repetição constantes do que já foi feito. O que se vestiu no ano passado, estava na berra também nos anos 80, as calças à boca de sino, "inventadas" pelos cowboys e apresentadas ao mundo pelos hippies nos anos 60 e 70, voltaram a usar-se nos 90/00! Tudo é um ciclo, apenas há que saber ir na tômbola. Enfim, isto tudo para avisar que amanha começam os Saldos. Boa sorte para quem os vai atacar.