March 31, 2009
BY Cláudia Paiva Silva 1
Comments
Aproveito este intervalo nas minhas aulas para escrever sobre um um tema que, não sendo muito importante, acaba por fazer pensar. Quando fui apresentada ao Twitter, há coisa de 2 meses, pensei que seria mais um hi5, rede social virtual onde imensa gente que não se conhece de lado nenhum fala entre si. Não errei por nada, e quem me dera ter destas certezas quando faço exames. A lógica do Twitter é permitir com maior rapidez e velocidade a partilha de informação importante, e não se estamos com uma dor de cabeça ou não. Para isso temos os blogues, como este, que nos permitem escrever o nosso dia-a-dia se assim desejarmos, ou qualquer parvoíce que nos atravesse a mente. O que eu concluo ao fim destes dias de vício, sim porque a páginas tantas começamos a ter "seguidores" ou a "seguir" algumas pessoas que parecem ser verdadeiras e honestas e isto torna-se viciante, é que aquilo que escrevemos começa a ser lido por não apenas os 20 amigos que temos num qualquer perfil do hi5 ou Facebook, mas sim por quase 500 ou 600. Desde a tal dor de cabeça à dor de corno, passando pelas aulas ou pelo que nos aconteceu no trabalho, o Twitter tornou-se o depósito de ideias de todos nós. E isso é um erro. Não digo que acho piada, acho, é certo. Mas por outro lado, eu NÃO conheço MESMO, nenhuma daquelas pessoas e ter começado a comunicar com bastante regularidade com algumas delas faz-me imensa confusão, a páginas tantas porque, mesmo que eu assim queira pensar, elas não são tão "comuns" como parecem. Ou são jornalistas, ou são humoristas conhecidos do público, ou são artistas de vários níveis e é esquisito falar com eles (e obtermos resposta) como se de velhos conhecidos se tratassem. Eu até posso estar habituada a tal, não me deveria incomodar tanto, mas na realidade, nos dias que correm, qualquer coisa que seja exposta, redigida, afirmada, declarada no Twitter, pode servir para alguns orgãos de comunicação social fazerem um alarido de situações, que, tal como Alberta Marques Fernandes declarou há temos, são apenas fait-divèrs. O Twitter é uma desgraça em termos de conhecimentos pessoais e humanos e serve, para pessoas como eu, para dar largas à comunicação: tagarela nata, a escrever sem para=irritar solenemente as pessoas que, como são minimamente simpáticas, ainda não me mandaram à merda. Mas um dia destes isso irá acontecer. Espero não me espantar muito da situação, que, à partida e à chegada, só eu posso controlar. O Twitter é giro, mas para pessoas normais, não para mim.