Por falar em ilusão, debati-me nos últimos dias, não só com o inicio do que parecia ser certo como gripe, mas que felizmente não passou disso mesmo, um aviso que tratei logo de despachar, como por certo de saber se o próximo ano já de si tão horroroso, me iria trazer a alegria de ter a minha vida resolvida. Deparei-me com a resposta um tanto ou quanto improvável: a minha vida está resolvida sim, mas não mais terá a ver com a de outras pessoas. 2008 foi um ano funesto em variados termos pessoais, mas sem duvida libertadores per si. Percebi que certas coisas não estavam bem e tentei mudá-las, mas enquanto que as situações mudam, as pessoas não o fazem tão facilmente e desisti de o fazer. Por umas e por outras esperarei sempre o melhor que têm. Podem ter a certeza que por mim, as coisas ficam como estão, que não volto a mexer um dedo que seja para ludibriar seja quem for e garanto que vou conquistar o meu espaço num grupo tão pequeno mais tão quebrado. Deixei de sentir vontade de pedir desculpa até para falar, como se tivesse um medo latente de ser gozada ou mal interpretada. Seria injusto para mim e para com outros e sinto que essa atitude só melhora a imagem que tenho de mim e que transmito aos outros. Que mania de bajular tudo para ser aceite quando me farto de saber que é exactamente por ser como sou que "salto à vista". Mas sim, estou mais tranquila, mas não menos reivindicativa, apenas controlo melhor o meu humor aos que me são próximos, e aos que me eram próximos. Quiçá o que o verdadeiro anno horribilis me trará de melhor e diferente?
Antonio Tabucchi
4 weeks ago
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