January 2007 - Cláudia Paiva Silva

Wednesday, January 24, 2007

Blogue do Não

Monday, January 15, 2007

Estudo das variações nos principais reservatórios terrestres após a ocorrência de um Evento Tectónico.
January 15, 20070 Comments
Retirado de 3º Trabalho Prático da disciplina de Ciclos Geoquímicos, Geologia e Recursos Naturais do 4º ano.
(avaliação de 16 valores)
Por Claudia Silva
Qualquer evento tectónico, que ocorra instantaneamente, tem como consequência principal o aumento da taxa de desgaseificação, uma vez que existe vulcanismo e metamorfismo intensos. Neste aspecto, pode-se falar sobre a taxa de alastramento dos fundos marinhos a partir de uma zona central de rifte. De acordo com a figura 1 e figura 4, a variação do nível do mar, a área dos oceanos e a área dos continentes, dependem da pulsação tectónica, uma vez que à medida de um alastramento maior, o volume das cristas oceânicas sofre um empolamento, alargando-as, o que por sua vez, desloca grandes massas de água, responsáveis pelas transgressões marinhas. Como tal, a área continental diminui e a área dos oceanos aumenta, sendo ambos inversamente proporcionais. Por outro lado, voltando à premissa inicial, à taxa de desgaseificação associa-se imediatamente a libertação de gases para a Atmosfera, entre os quais, CO2, extremamente importante e existindo em todos os reservatórios terrestres uma vez que é um dos principais elementos voláteis da Terra. Como se sabe, o aumento na Atmosfera deste composto, irá resultar no aumento da Temperatura global (a variação de Temperatura é proporcional ao empolamento e contracção das cristas médias, logo à libertação de material mantélico), aumentando também o “efeito de estufa” do planeta, ao que se denomina por Aquecimento Global. Uma vez que a Temperatura aumenta, embora não seja um facto científico muito significativo, pelo que tal acontecimento responderá ao longo do tempo geológico (Milhões de Anos), poderá também provocar o degelo de calotes polares, contribuindo também para o aumento do nível médio das águas. Será então lógico afirmar que na figura 2,a Atmosfera sofre um pico no instante tectónico, devido às emissões imediatas de gases. Contudo, também é o primeiro reservatório a diminuir a sua concentração em CO2, pois serão os Oceanos que irão receber a maioria dos produtos atmosféricos, bem como produtos continentais, funcionando com um sumidouro da Atmosfera. (Para este raciocínio ter-se-á mais à frente que mencionar a interligação deste gráfico, com o gráfico 3). Os Calcários, que se encontram como uma espécie de sub-reservatório nos Oceanos, também respondem com uma diminuição significativa da concentração em CO2, aumentando à medida, que as concentrações voltam a atingir os valores iniciais, correspondendo então ao reequilíbrio do sistema. Contudo, estas variações só serão possíveis de explicar através do estudo da resposta dos Fluxos. Como já foi visto, devido ao aumento de CO2 e outros gases na Atmosfera, a T aumenta. Sabe-se também que a um aumento de T, corresponde uma maior condensação de vapor, visto isto, pode-se afirmar que ocorre precipitação sob a forma de chuvas, neste caso, ricas em H2SO4, denominadas por chuvas ácidas: Geologicamente, esta precipitação irá provocar a alteração das rochas, bem como da biosfera terrestre. No entanto, a meteorização (figura 3) das litologias será a responsável pelo remoção de CO2, que uma vez libertado irá, juntamente com outros produtos sedimentares, removidos por agentes de meteorização externos, ser transferido para os oceanos. Como se sabe, a dissolução de gases nos oceanos superficiais (para onde primeiramente são lançados todos os produtos de meteorização), ocorre em águas frias. Assim sendo, podemos, após a precipitação dos carbonatos, verificar a sua dissolução. À medida que este processo se dá, a matéria superficial começa, por correntes convectivas oceânicas a aumentar a sua profundidade, ocorrendo o chamado downwelling, uma vez que a T atmosférica acabará por aquecer as águas superficiais, e a água fria, mais densa, terá obrigatoriamente que “descer”. Ocorrendo a dissolução, aumenta-se a alcalinidade nos oceanos, o que por outro lado, aumenta ainda mais a absorção do C atmosférico. Os Calcários serão então primeiramente dissolvidos, como resposta à entrada de um grande fluxo de matéria carbonatada nos oceanos, o que provoca a diminuição observada primeiramente na figura 2, e devido à mistura de águas pela circulação oceânica, em latitudes equatoriais, onde a coluna de água aquece para maiores profundidades, acabarão por sofrer upwelling, sendo substituídos pelos sedimentos provenientes do downwelling (aumento de concentração do reservatório 2). Assim, pode-se verificar que ocorre uma circulação de material carbonatado nos oceanos, a qual está dependente do input nas águas superficiais e do output através da dissolução dos carbonatos do reservatório Calcários dos fundos marinhos. A Sedimentação que se verifica na figura 3, atinge um pico após o efeito de meteorização, diminuindo logo a seguir, pois revela a interacção das águas oceânicas superficiais, com as profundas, bem como o fim da actividade vulcânica e consequente acidificação nas águas de precipitação (diminuição do efeito de meteorização). Pode-se concluir que o reservatório que volta mais rapidamente ao estádio inicial é a Atmosfera, (tempo de resposta proporcional à dimensão do reservatório), mas o que sustenta o reequilíbrio do sistema após o pico tectónico, será o Oceano, pois será nesse reservatório, dependente das reacções externas, que se dará a circulação de carbono, juntamente com o reservatório Calcários, de grande dimensão, reajustando os níveis da concentração do composto na Atmosfera terrestre. Este reequilíbrio dá-se após 3.0 Milhões de Anos do início da simulação.
(à espera das figuras....)
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Sunday, January 14, 2007

Colagens

Wednesday, January 10, 2007

Indecisões de Ano Novo
January 10, 20071 Comments
As festividades já passaram, rápidas e desprovidas de qualquer bom sentimento. Já comi a minha dose de bacalhau para este ano (uma vez que considero o início do ano ou fim, durante o Verão, porque não me faz muito sentido ter uma semana de pseudo-interrupção de aulas, para logo de seguida iniciar o doloroso processo semestral de avaliação), e muito sinceramente, passei a noite de 31 para 1, mais interessada em saber qual das moças tinha ganho quais dos concursos que a televisão dava. Isto porque não tinha dinheiro para deitar fora num casino qualquer, e porque, não me apetecia muito constipar-me quando estava rés-vés a ter que voltar para a faculdade, numa rentreé tão interessante como a que ocorre em Janeiro. Também é verdade que a partir de dia 25, comecei a pensar realmente no que era ou não importante, porque, naquela semana "nataliciamente" pagã, os meus compatriotas conseguiram gastar mais (muito mais) dinheiro do que têm (e podem), e, pela primeira vez que me lembre, conseguiram-se saber notícias governamentais, feito antes nunca alcançado por outros grupos políticos (eu escrevi grupos, não partidos). Bom, se no total foram contabilizados 11 milhões de euros em ATM's aka Multibancos, fora transferências e créditos, com certeza que temos financeiramente disponíveis as quantias necessárias para enfrentar quaisquer aumentos que se avizinhem, fora os que desde há 10 dias atrás, foram postos em prática. E aí começou a revolta na minha cabeça. Eu devo viver num país de atrasados mentais (eu própria admito contribuir para essa multidão de pessoas retardadas, pois também eu contribuo para a crise nacional, (sou estudante, mas ao contrário do que ocorre nos outros países, não trabalho para sustentar os meus estudos) também eu ando de vez em quando a proclamar aos 4 ventos, que hoje em dia, para cada português seriam precisos 3 Salazares, no mínimo). Bom, mas eu digo aquilo às vezes, todos os dias contudo ando em transportes públicos (um luxo ainda desconhecido de muitos portugueses, principalmente aqui da região de Sintra), onde há sempre uma nota de indignação, uma pontinha de descontentamento aqui e além, umas conversas matutinas bem efusivas quanto à política nacional. Que se pode fazer? Portugal é um país onde as pessoas gostam de ter empregos, mas não de trabalhar, um local onde a mão de obra é cara, e nem sempre rentável. Bom, existe sempre a opção Ucrânica, Moldávia, Hungria, Eslováquia, Roménia e tantos outros países que tendo passado por milhentas privações, ao contrário de nós, que nunca passámos por uma guerra sequer "a sério", não tarda ultrapassam-nos (acho que alguns já nos ultrapassaram) no comboio que se chama Europa. Estou lixada? Pois estou. Vivo num sítio onde acontece de tudo e ninguém se quer envolver. Sabe-se que a vizinha de cima leva tareia do marido e ninguém resolve chamar a polícia, sabe-se bem que o marido da mulher que era casada com o Jorge que fugiu com a brasileira (podia ser de outra nacionalidade qualquer, aparte do meu "fascínio" por brasileiros), mal trata o enteado que tem 2 anos, mas só sabem falar depois da criança morrer e do sujeito ter ido parar à prisão (ainda que preventiva por falta de provas concretas), num país, mudando de assunto, onde pescadores sem meios de segurança, morrem a 20!!!!!!! metros se tanto das praias e só meia hora depois é que alguém tenta resgatá-los, num país onde se constrói atrás de dunas e se espera que a areia que é depositada por camiões e que o mar, enfurecido volta a levar, trave o poder destrutivas das ondas, num país que se constroem casas que em 5 anos possuem uma inclinação com 20 cm. Realmente parece que vivo num país de fantochada pegada, mas há quem goste. Aqui na minha rua, tenho algumas pessoas que gostam, das que ainda estão vivas, porque nesta zona de Queluz, vivem os mais velhotes, os da velha escola, aquela zona que foi construída há 39 anos. A minha mãe vive cá desde os 19 e acreditem, está farta.
Eu sonho alto, com uma vivenda com sotão, onde se veja o mar, mas não cá na nossa costa, pelo menos na costa continental portuguesa, por mim podia ser na costa insular, mas estou a ver que se tiver sorte, as asas de um avião levam-me para o outro lado do Atlântico, por onde me ficarei. Não fiz resoluções de Ano Novo, não fazem grande sentido. Não sei que haveria de desejar ou de mudar. Talvez a merda do feitio. Mas nem sequer isso sei fazer, tomar decisões. Mas, cá entre nós, aparte do Primeiro Ministro, quem é que as sabe tomar?
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