A Viagem não é só com uma pessoa. Ou com duas, Ou três, ou várias.
A Viagem é interna e engloba alguns dos seres que nos rodeiam e que nos vão influenciando ora de forma mais positiva, ora de forma mais negativa.
Esta minha Viagem começa realmente no dia em que consegui ultrapassar algumas barreiras. Começou no dia em que deixei cair algumas defesas - e no dia, pouco depois, em que percebi que sou realmente mais forte do que pensava em algumas circunstâncias.
Por outro lado, também compreendi que tenho falhas, que erro, que posso colocar-me (e aos outros) em situações constrangedoras e embaraçosas, que podem nem sempre acabar bem. Até agora tive sorte. E por uma questão de idade e aprendizagem, consigo com maior rapidez identificar esse comportamento padrão que me tem levado a alguns azedumes internos.
A Viagem começou quando percebi que estou bem comigo mesma. Mesmo quando não estou. Compreender que tenho mau feitio, que sou desconfiada, que falo em demasia com pessoas com quem tenho (ou penso ter) grande confiança, que quando o meu organismo (corpo) cede ao cansaço eu tenho de lhe dar descanso, compreender que sou metediça demais na vida dos outros (e que isso tem de parar), que gostava imenso de fazer imensas coisas, mas, devido às vicissitudes da vida nem sempre me é possível.
Compreender que tenho imenso Caminho por percorrer, imenso para aprender, que tenho de aprender a respeitar o espaço e tempo dos outros, que o meu ritmo é diferente dos demais.
Compreender também que a minha Vida nem sempre sou eu quem a escolhe, mas sim aquilo que me é dado no Presente.
Seria sempre tão mais fácil conseguir estar neste estado de equilíbrio, de aparente "normalidade", em que tudo parece fazer o mais perfeito dos sentidos, mas sei bem que não é assim. Que, tal como acima escrito, somos seres altamente influenciáveis pelos que nos rodeiam, pelo que nos rodeia. E que o tempo nem sempre cura tudo. Pode curar a dor e a mágoa, mas não cura saudades, nem substitui pessoas, momentos, magia.
A vida nem sempre pode ser Poesia, mas podemos torná-la mais poética.
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