November 2010 - Cláudia Paiva Silva

Tuesday, November 30, 2010

Mulheres actuais, Divas nos Anos 40
November 30, 20100 Comments
Sendo que é bem verdade que a maioria das produções fotográficas nacionais ou internacionais, levam quilos de tratamento de imagem em cima, não deixa de ser menos verdade que "ainda bem que assim o é", senão, de outro modo, eu garanto que este livro de Mário Galiano (fotógrafo nacional a completar 20 anos de carreira) seria uma desilusão. Não que as convidadas sejam feias, nada disso... mas existia um brilho próprio nas mulheres dos anos 20, 30, 40, que as de hoje simplesmente não têm. Somos um bocadinho, vá, temos de ser honestas, ordinárias (no sentido de simples, pouco extravagantes ou originais), muito sem-sal (à excepção daquela imagem um pouco mais abaixo), daí que, é essencial nestas mega-produções haver um toque de Midas, otherwise, we're doomed! Exemplos que não necessitam muito de retoques: Ana Carvalho (Directora da SIC Mulher e Margarida Rebelo Pinto).
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Saturday, November 27, 2010

November 27, 20100 Comments
"Não poder mais beijar-te seria declarar inúteis os meus lábios"
Daniel Catalão
Palavras para quê?
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Friday, November 26, 2010

Está oficialmente frio... em TODO o lado..
As mudanças de uma vida
November 26, 20100 Comments
Quando comecei a praticar terapia alternativa em Maio passado, duas coisas eram ponto assente na minha vida. A primeira tinha a ver com o facto da pessoa por quem eu nutria afectos, objecto do meu sentimento mais ou menos profundo, nunca vir a saber o que eu sentia ou pensava sobre ela, para não haver o medo da negação/rejeição e, eventualmente ou consequentemente um afastamento muitas vezes associado entre nós. A segunda prendia-se com o facto de eu ter sempre tido como grupo de amigos, rapazes (agora homens) e, não me dar bem com raparigas (agora mulheres) e achar que isso era normal e deveria ser norma para todos os casos. Afinal as mulheres são umas galinhas, invejosas umas para as outras, más, mentirosas e pior que isso cínicas, dizendo uma coisa pela frente e fazendo exactamente o oposto por trás. (A minha opinião sobre o mulherio não se modificou, mas a minha forma de nos ver e de estar entre mulheres, sem dúvida que se alterou). Basicamente estes dois pressupostos base daquilo que eu pensava ser o certo foram alterados. Em Agosto resolvi a minha situação sentimental, que estava já a afectar o meu espaço dedicado à profissão e aos meus pequenos prazeres pessoais e, desde Setembro que comecei sem dúvida alguma a deixar entrar na minha vida várias mulheres (da mesma idade, mais novas, mais velhas) que me têm ensinado muitíssimo. Acima de tudo fazem-me compreender que embora nem todas as pessoas sejam boas (ou más), há sempre algumas que merecem a nossa amizade e respeito, porque mesmo que não nos conheçam, nem conheçam a nossa forma de ser ou estar no dia-a-dia, dão-nos apoio e força necessárias para aguentar quase tudo. Se um homem não chora, a maioria das mulheres que eu conheço, se o fazem, fazem-o recatadamente, sem alaridos, sem dramas, apenas confiando umas às outras, às mais próximas, que são uma espécie de melhor amigO, que não julgam nem opinam (muito), aquilo que lhe pode ir ou não na alma. Lembro-me bem de afirmar categoricamente que aquilo em que eu acreditava não iria mudar e lembro-me da S. (my terapist) me ter avisado que "cuidado, olha que isso vai acontecer". E aconteceu mesmo. Eu estava em crescimento e, com tudo o que me sucedeu ao longos dos últimos quase 12 meses, dei um pulo em termos de força de espírito e carácter. Nem todos/as teriam a minha coragem para enfrentar tantos desafios, alguns diariamente, sendo posta à prova num contra-relógio descarado e, por vezes, muito, tanto, desgastante. Contudo, se assim não fosse, a minha vida não teria mudado, e eu não seria o que sou hoje. Apesar do mau-feito continuar, sou mais calma, consigo ver para lá do que será óbvio, começo a saber ler as entrelinhas e a ter algum jogo de cintura. Acontece que agora noto com muito mais facilidade aqueles e aquelas que continuam encerrados nas suas mentes e espírito, não sabendo lidar com as críticas, nem tão pouco com as outras opiniões, que podem enaltecer ou completar, as suas. Há que saber crescer e deixar os outros crescerem também. Por isso é que a Vida é uma Mudança constante. Num dia estamos cá e, no outro, não.
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Wednesday, November 24, 2010

Novela da TVI ganha Emmy!
November 24, 20100 Comments
Será supostamente um orgulho ganhar um Emmy (prémios norte-americanos de TV mundial), mas hoje as críticas que leio em relação a uma das suas protagonistas (Rita Pereira que encarnava a personagem "Mel") deixam-me profundamente irritada ao ponto de me atirar para o ar. Quando me dizem que a rapariga não tem talento, não é inteligente, só tem mamas e rabo (e quem escreveu isto era maioritariamente do género feminino em maioria de idade) porque aparece a falar para um programa (imagine-se que até é de beleza e trapos dos EUA) onde é mencionado o seu mega-decote, é coisa para em ficar com cara de ?. Ahhh e quando têm a desculpa na ponta da língua do "realmente ela não tinha mais nada para dizer senão falar do seu corpo e do vestido, quando Portugal atravessa uma grave crise" mas what a fuck? Então estamos ali acabadinhos de ganhar um prémio, bom, para o país e para a indústria televisiva e queriam que nós antes, durante e após o descurso, na realidade, falássemos sobre a crise que assola o país, sobre o OE que não acta nem desata e com isto menciono o facto de (uns serem filhos de Deus, outro de ninguém quando ontem foi adicionado uma pequena alteração aos não-cortes salariais na função pública), sobre a Greve Geral que hoje meteu-nos semi-parados? A inveja é uma coisa aberrante, mas ultrapassa-me ainda mais o facto de serem mulheres a dizerem mal umas das outras. Era como se dissessem: és actriz? És prostituta.. ou algo pior, porque é engraçado como certas ideias ainda não foram ultrapassadas pela mentalidade portuguesa, ainda para mais, aquela que se diz "intelectualmente superior". Sim, realmente têm razão... os artistas nacionais (SÓ os nacionais, porque toda a merda de fora é ULTRA MAGNÍFICA) são uns chulos e deviam era trabalhar em empregos normais... Ai senhores, não me obriguem a falar mais porque a páginas tantas só começo a dizer alarvidades. Deixo aqui o tiro de mestre, aquilo que eu gosto tanto de ler: quem vê novelas são as donas de casa, as pessoas analfabetas, os trabalhadores rurais iletrados, aqueles e aquelas não possuem uma habilitação literária superior. Porra! Eu não sou dona de casa, eu não sou analfabeta, eu não sou trabalhadora rural (se fosse se calhar escusava de importar produtos de "fora") e, imagine-se, sou licenciada e ainda frequentei um mestrado. Culminando com: VEJO TELENOVELAS E GOSTO!
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Tuesday, November 23, 2010

November 23, 20100 Comments
Pronto... não custa nada (é que a mim não custa mesmo) fazer uma apresentação, ou, neste caso, dar uma aula de Geologia Sedimentar a alunos de Engenharia Geológica. O meu receio pendia-se todo com eles ficarem agradados ou não, adormecerem ou não (eu sei que adormeceria porque, já me aconteceu por inúmeras vezes), gostarem ou não, participarem ou não. Foram participativos, compreenderam as coisas minimamente bem (embora para eles um calcário ou um arenito continuem a ser rochas para arrasar), não adormeceram. Foi fixe e agora tenho sono, como seria de prever.
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Monday, November 22, 2010

Friday, November 19, 2010

Esta menina tem pouco mais que a minha idade...
November 19, 20100 Comments
... e tirou esta fotografia há milhões de anos atrás. Pensem o que quiserem de mim, mas esta menina tem tudo para poder ser comparada com qualquer uma actriz de Hollywood dos anos 40, daquelas que realmente eram Belas e não aqueles cacos que hoje em dia achamos que são bonitas, embora pesem apenas 30 kilos. Não me perguntem o seu nome, nunca na vida, JAMÉ, vos revelaria, mas homens de Portugal, abram os olhos!!!
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Thursday, November 18, 2010

E sim senhora, quando merecem eu digo a verdade...
November 18, 20100 Comments
Embora os jogadores fossem os mesmos (incluindo aqueles que antigamente, no tempo do outro senhor, nem sequer chegavam a pôr os pés no relvado), a equipa que ontem jogou contra a mesma Espanha de há uns meses, não parecia a mesma. Todos perguntavam após o "escândalo" que foi golear o país vizinho (detentor do título Mundial de futebol), por 4(5)-0, qual tinha sido o ingrediente secreto (ora, ketchup, para as memórias mais fracas) ou qual o segredo. O segredo é simples, o segredo é, todos, menos o Queiroz.. Mas sinceramente ontem, se eu fosse um dos grandes que ontem se defrontaram de igual para igual, sem medos, de peito aberto, teria respondido em tom de brincadeira e alguma ironia ao mesmo tempo: "O segredo?? Perguntem ao Paulo Bento!". Foi bonito e um bocado arrepiante de se ver também. Eu gostei e até tive alguma pena de não haver um golo de Espanha, que também jogou bem, campo aberto, para equilibrar a coisa. Mas o resultado é afinal de contas apenas e só para brilho da nossa equipa que se mostrou à altura do acontecimento. Força meninos que assim é que mostramos quem somos!
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Wednesday, November 17, 2010

E quer-me bem parecer que...
November 17, 20100 Comments
Mediatismo até e durante o casamento vai haver (e muito!). Duvido é que façam da vida do casal num autêntico Inferno, como foi a vida dos pais dele. E que sejam mais Felizes também. Têm todas as condições para isso e namoram há tempo suficiente para saberem o que podem esperar um do outro. Gosto do facto do anel de noivado ser o da Princesa Diana. Achei um gesto muito bonito.. e realmente, é, tal como William revela, uma forma da mãe estar presente num momento tão especial. Ela, Diana, que adorava os filhos...
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Tuesday, November 16, 2010

Facebook Cartoon Chain (14 a 20 Novembro)
November 16, 20100 Comments
Realmente concordo com todos aqueles que acharam a ideia estúpida, desprovida de sentido e sem qualquer objectivo em concreto. Mas ontem à noite (começando durante o dia e com impacto brutal pela madrugada) foi ver 200 contactos do Facebook a mudarem a sua imagem de perfil, trocando-a por personagens de desenhos animados, para "recordar momentos da infância". As correntes são, geralmente, uma treta e, raramente, ou sendo honesta, NUNCA, me meti nisso. Ontem não foi excepção. Para quem sabe qual é o meu perfil no FB, também sabe que durante grande parte do ano a minha imagem de marca é um boneco qualquer, fofo, querido e, não estranhamente, amalucado. Ontem não foi então surpresa quando passei a ser o Monstro das Bolachas... para ser um cartoon, seria a Ariel (a Pequena Sereia) até ter percebido que a Ariel se vestia como se veste a Lady Gaga, o que não me pareceu muito bonito.
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Friday, November 12, 2010

Não se aflijam...
November 12, 20100 Comments
Em poucas palavras: reencontrei-me com certas pessoas, defini-me com outras (começo cada vez mais a perceber a presença de algumas Luzes na minha vida), fiquei constipada, já estou melhor, percebo muito mais de interpretação sísmica do que antes e soube que a partir de Janeiro o meu part-time da PT irá para os porquinhos. Estou imensamente animada e quero ver se este fim de semana durmo alguma coisa de jeito, que isto de andar não sei quantos dias a expelir os pulmões noite e madrugada fora não é agradável.
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Thursday, November 04, 2010

November 04, 20101 Comments
Lendo pedaços de mim no diário e no blog da fase em que estava a viver numa nuvem cor de rosa, ou seja, estava irremediavelmente apaixonada, é que fico realmente a perceber o efeito de transe em que uma pessoa fica nesse momento da vida. Obviamente que essa paixão toda acaba por se tornar numa coisa mais calma, mais limpa e menos nebulosa e turbulenta, mas giro, giro é vermos à distância como é que as situações se modificam após uma tomada de decisão ou após uma conversa franca e esclarecedora dos sentimentos. Não serei hipócrita dizendo que "ah e tal, acho uma baboseira o amor (...), parecemos todos parvos...", porque sim, parecemos e pior ainda, actuamos de forma um bocado alucinada de forma igual, portanto nunca irei dizer que não acredito, não tenho fé, em paixões eternas. Tenho e acredito. Vivi uma e atravessei duas. Creio cada vez mais que de cada uma das vezes se intensificou a certeza daquilo que pretendo de um Homem e de um Companheiro. Não posso de forma alguma é afirmar que o irei conhecer em breve ou nunca, porque isso não sei. A única coisa que posso aqui escrever é que estava errada em pensar que se o "destino não quer imensas coisas, porque razão eu continuo a insistir", como se fosse uma forma de desistência ou de resignação. Pelo contrário. Se as coisas não acontecerem como nós sonhávamos ou desejávamos, sem dúvidas que outras tantas se proporcionaram em virtude dessas decisões que mudam as nossas vidas. E, devo confessar, que em poucos meses, acabei por ganhar mais do que aquilo que pensei ter perdido, porque na realidade isso nem sequer aconteceu. Ganhei "amigos" novos, ganhei coragem, e acima de tudo, ganhei ainda mais auto-estima e certezas do que quero na minha vida. E o Amor é uma dessas certezas, simplesmente vou deixar andar até que me volte a aparecer em frente. Por agora vou curtindo a Vida, que me parece ser uma coisa, por agora, bem mais gira de se fazer!
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Monday, November 01, 2010

November 01, 2010 2 Comments
3 dias.. 3 míseros dias que podiam ter sido passados de uma forma completamente diferente. Não é que não tenha feito o essencial. Cozinhei, limpei, até fui à rua comprar umas verduras. Mas não li, não ouvi música, não vi nenhum filme que gostasse, não pintei (presumo que não é agora que o vá fazer), e hoje, feriado, estive a trabalhar, que, de certa forma, é uma maneira de estar distraída e entretida. Logs, carotes, profundidades, estratigrafia.
Uma pena estar constipada. Se calhar as noites poderiam ter sido melhor dormidas, sem tosse, nem faltas de ar devido ao nariz entupido. Em contrapartida fiz algo que para as mulheres no geral, tem o seu Q de interesse: alterei a disposição de roupa no meu roupeiro. Verão para as catacumbas, Inverno para a frente; sim porque acho que isto já não tem volta a dar e o Inverno está mesmo a dizer Olá atrás de uma porta qualquer, o filho da mãe.
Sonho com saudade o dia em que estive na Praia Grande, a comer caracóis, apanhando sol na tez que este ano não passou do cor de rosa pálido, e das olheiras até ao nariz. Sim, uma única vez à praia, se bem que aquilo não foi "ir à praia", mas sim, "ir à esplanada". Eram 20.00 e estava a molhar os pés, as pernas e as calças, claro, numas poças enquanto o Sol jazia no horizonte. E foi lindo e mágico porque, ao contrário de outras vezes, em que a humidade e a neblina não o permitem, desta vez consegui ver até o ultimo raio, como se de uma despedida anual se tratasse. E tive sorte porque havia o cheiro a maresia do Oceano e a terra vindo da Serra, magnífica, imponente, onde a Lua (que por acaso estava na fase Cheia), começava a despontar em cada curva da estrada, em cada elevação que nós cruzávamos. Sonho com saudade, principalmente, o calor que senti naquela tarde.. e, admitindo que a imaginação é sem dúvida fértil, acredito piamente que nas manhas de vento, que Outubro trouxe, conseguia sentir o cheiro do mar, em plena estação de comboios do espaço urbano. Não que a distância seja impossível, porque o mar está já ali, basta subir uma rua e conseguimos vê-lo próximo, até, mas porque a Nortada não costuma trazer esses aromas. Fica o registo visual, na memória e na máquina, porque há coisas que eu não quero nunca esquecer.
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