A Caderneta de Cromos do Nuno Markl e da Patrícia Furtado. Só ontem é que eu (finalmente!) peguei num exemplar da dita, na Bertrand do Campo Pequeno. Folheei meia dúzia de páginas e tive tempo para ler 3 textos que correspondem a 3 cromos. Fartei-me de rir, mas tipo, à gargalhada em plena livraria. Quando leio ou oiço dizer (muitas vezes pelo próprio Markl) que quem nasceu após 1980 não se pode identificar nestes pequenos guilty pleasures, porque não é propriamente dito da década de 70/80, fico com comichões. Talvez porque o meu background familiar jornalístico me tenha dado oportunidade para ir conhecendo alguns factos da história da cultura pop da altura, talvez porque eu, embrenhada nos meus desenhos e pinturas na época de 84 até 89, adorasse os meus bonecos de PVC da Mafalda, Alice no País das Maravilhas (que vinham juntamente nas revistas Maria, Nova Gente, Mulher Moderna daqueles anos), e talvez porque a minha infância, passada entre a minha casa e a casa dos meus tios, fosse vivida frente à TV (também mas não só), vendo o Agora Escolha e papando as séries que passavam por lá, mesmo que na altura não percebesse as legendas (acho que ainda não eram séries traduzidas).
Isso e os filmes do Indiana Jones - não me esqueço que sempre que me queriam mais sossegada do que já era habitual, enfiavam a cassete no vídeogravador e eu ficava em transe, a olhar para o Harrison Ford e seus amigos hindus, uma vez que o filme da saga era o 2º. Portanto, de certa forma, a infância do Markl e de outros da idade dele, não foi assim TÃO diferente da minha, pelo menos em termos de séries e bonecada. É claro que a música não passava de Onda Choc e Ministars, mas, sou honesta, nunca liguei muito ao som... só a partir de 1993 com os Ace of Base, embora desde a adolescência oiça música dos anos 80, a mesma que aliás, tenho como referência base. Stevie Wonder e outros que tais, também mencionados no livro, só aparecerem mais tarde no meu repertório, já praticamente em plenos anos 90, mas nisso admito, nasci em 1984 e não me consigo recordar de tudo. Lembro-me de ter o single Dance with Somebody da Whitney Houston, e lembro-me bastante bem do Sempre que Brilha o Sol, pelo Marco Paulo. Canções do Vitinho eram cantadas aos berros... mas pouco mais do que isso. Tenho ainda um orgão (sintetizador) da Casio, mas daqueles todos XPTO, como se algum dia eu viesse a ter uma grande banda. E é basicamente isto. Agora deixo as imagens daquilo que um dia irei adquirir na FNAC.
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