OH-MY-GOD! - Cláudia Paiva Silva

Wednesday, April 25, 2007

OH-MY-GOD!

É mesmo para ser lido OH-MEU-DEUS!! (cá estou de novo a ferir susceptibilidades em escrever o nome de Deus em vão) e não: Oh, Meu Deus!, como se nada fosse... Resumindo estou a entrar na famosa fase bi-anual, Harry Potter filme+livro novo.
Sabendo em primeira mão que os livros desta saga de 7 (número mágico), são uma merda, não devo porém esquecer, que fui das primeiras a ler em Portugal (segundo oferta de editor- Presença) a Pedra Filosofal, anos luz do boom que a colecção iria provocar, anos luz da senhora JK Rowling se tornar numa das mulheres mais ricas do Mundo. E uma coisa, dessa altura, já lá vão uns bons 10 anos, me ficou para sempre guardada: estes livros não são definitivamente infantis. É impossível alguem em pleno juízo pensar que a história de um rapaz de 11 anos, cujos pais foram cruelmente assassinados (e ele também deveria ter sido), e que passou a sua vida desde então, até aquela data, a viver "de favor" com uns tios que o odeiam e o tratam como serviçal, é para crianças. Se mesmo eu, que sou extremamente insensível, quando o li, achei que era demasiado violento no aspecto psicológico, então um miudo de 10 anos, pensará o quê? Bom, remete-nos para a história Esmeralda, lembram-se? A menina dos pais adoptivos não oficiais? A minha opinião sobre tal caso, mudou como a noite para o dia, e se calhar, até nem será tão descabido uma criança de 5 anos, achar determinadas histórias boas ou más. Esmeralda, 5 anos, entende que os pais adoptivos são do bem e que o pai biológico é do mal. Do "Mal"... Conceito deveras interessante para uma menina não acham? Ou será que hoje em dia as crianças nascem já dotadas da capacidade psico-social de adoptarem determinadas posições em relação ao que está correcto e incorrecto? Se assim for, os pais devem limitar-se a darem-lhes alimento e tecto, até amadurecerem o suficiente e tornarem-se auto suficientes. Aí cortam-se os fios e elos entre progenitores e crias e cada um vai para o seu lado. Não, não acho que Esmeralda ou qualquer outra crianças tenha capacidade para distinguir o bem do mal, muito menos capacidade em julgar pessoas. Acho que os pais adoptivos estão-se a tornar num perigo para aquela menina, principalmente por terem passado 5 anos a escondê-la de tudo e todos; acho portanto que uma Esmeralda adulta será incapaz de perceber o mundo que a rodeia, pelo simples facto de viver num mundo afinal, imaginário, desde que nasceu, concluíndo com: o pai biológico teve razão em, mesmo que fosse 1 ano depois do seu nascimento, em reaver a filha. Poderia passar por algumas dificuldades, mas de certeza que não seria mal amada (de outra forma, ele não quereria ficar com ela), e poder-se-ia dizer mais tarde, que era, sem dúvida, uma criança feliz, coisa que na realidade, não é.
Voltando a HP. A minha opinião sobre o 7º e último livro é: não é. Fico com as palavras da Vania, minha ultra amiga: "Claudia, o Harry só pode morrer no fim, porque todas as pessoas que o amam e de quem ele também gosta e sente toda a falta, também morreram. Estão só à espera que ele cumpra o seu destino, para ir ter com eles". Foi um bocado chocante ouvir isto (e só mesmo fans de alguma coisa é que podem perceber), mas até faz sentido. Quando tudo que mais amamos na vida foi perdido, e quando nos confrontamos contra o Mal, se O derrubarmos e mesmo assim, ele nos levar atrás, não é isso que todos esperamos, voltar a ver os nossos?
Aqui fica o mais recente trailer:

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