Pairava no ar enquanto as primeiras nuvens apareceram do Atlântico. Um vento abafado, que em vale fazia chiar, e na cumeada acalorava os corpos que subiram a colina. Para as ver e para a sentir. A electricidade da tempestade que se adivinha (ainda longe). A sensação de Outono que se vai, ainda que lentamente, instalando. A colina do Castelo que vai saboreando os tons rosa do céu, como se preparando-se para receber as novas chuvas, as novas maresias, e deitando por chão as teimosas folhas que tardavam em cair.
E aqui está ela. Devagarinho, primeiro com o uivar do vento, depois com as primeiras gotas. E finalmente com a junção dos dois elementos numa dança infernal, colidindo contra os prédios, carros, pessoas. Finalmente chegou...