Sim... nos dias que correm, já não existem grandes desculpas para não se contribuir no Banco Alimentar Contra a Fome. Se calhar deveríamos começar pela base da questão: da forma como isto caminha, um dia destes, seremos nós a precisar, portanto não devemos dizer "Deste prato não comerei". Durante o fim-de-semana decorreu mais uma campanha de angariação de alimentos promovida pela Isabel Jonet. Segundo palavras da própria os portugueses estão a dar mais produtos alimentares do que antes e mesmo assim parece que chega para cada vez menos pessoas. Proporcionalmente são cada vez mais as que entram num estado de falência financeira e começam a precisar de apoio das instituições. Não devemos nem podemos baixar a cabeça. Pobreza sempre existiu no nosso país, mais camuflada, menos escondida, sem-abrigos sempre os houve. Em 27 anos de vida e desde que tenho memória, sempre os vi, mais ou menos nos locais do costume. Para onde vão durante o dia, eu não sei, embora tenha visto uma vez que havia um grupo junto ao largo da Igreja do Intendente.. ou seria Igreja dos Anjos? Algures ali. Mas falando das famílias carenciadas que passam fome, não custa comprar (hoje em dia por 2 euros, se tanto) um pacote de massa, uma embalagem de cereais, umas salsichas ou outros enlatados, azeite, açúcar, farinhas. Eu contribuí, com pouco, é verdade, mas contribuí. O que comprei para mim, adquiri igual para outros. E soube-me bem. Quanto mais não seja pelo egoísmo do acto, em termos de prazer pessoal que se obtém em fazer algo tão banal, contribuam também. Já se sabe que grão a grão...