Optimus/NOS Alive? Sim, eu estive lá. - Cláudia Paiva Silva

Monday, July 14, 2014

Optimus/NOS Alive? Sim, eu estive lá.

Estive no último dia, mas estive. Desde Maio que andava a sonhar em apanhar o passe de 3 dias (embora só o primeiro e último me dissessem mais respeito, talvez com os Black Keys e Au Revoir Simone, lá no meio, pronto), mas tive azar. Passes só de 2, porque já havia esgotanços. Maravilha. 
Poderia ficar aqui horas a falar sobre as bandas que vi e o que achei, mas, ao longo dos anos perdem-se capacidades. A minha é a de ser crítica musical. Até acho que consigo dizer/ escrever algo decente quando se tratar de um concerto específico, mas de um festival? Basta dizer que gostei da pop electrónica dos Bastille (que sim, sim... SIMMMMM, queria muito ver!), assim como dos sons dos agrupamentos que se "ajuntaram" no Palco Clubbing e muito mais tardiamente no Heinekken, para se perceber que, aparentemente, contento-me com pouco. "Dêem-lhes bolos" diria Marie Antoinette - ah, sim, analogia óbvia à banda de sábado à noite-, que o povo contenta-se. E eu contento-me com o que é hoje em dia considerado como descartável (sim, é-o), tipo pastilha elástica, tão já repetidamente conhecido que se chega a confundir com tudo o resto. Não, desenganem-se. Não há super bandas. Ou melhor, existem, mas não passaram este ano por cá. Ou se considerarmos o Rock in Rio... talvez consigamos vislumbrar esses seres mitológicos (quase) de outras décadas e de outros tempos. Então give me some sugar, mesmo que seja sob a forma de bandas muito comerciais. Daquelas que só os miúdos com idade para serem meus filhos apreciam também. Sim, outra característica muito interessante foi verificar que, embora não esteja nada velha para estas coisas, estou velha para outras. E estar a comparar corpinhos bronzeados, com calções a mostrar as nalgas (e a fazer delirar os senhores mais velhos e respeitáveis, alguns que estavam comigo), com a minha forma de ser e de estar, não é justo. Simplesmente já não tenho pachorra para adolescentes histéricas e com isto, irei optar pelos próximos milénios a nunca mais aumentar o tom de décibeis que produzo.... não, não falo contra os elevados níveis de droga fumados durante os espectáculos, porque sou fumadora passiva dos mesmos, e por isso estaria a prejudicar-me também. 
Portanto, mais uma vez digo, não me soube nem bem, nem mal. Vim com um gostinho amargo (apesar do açúcar - e do gauffre não consumido na sua totalidade), só mesmo quebrado pela companhia (um pouco inesperada) que tive. De resto, festival para mim, é preciso estar mesmo com muita vontade. 
Agora quero é férias! 

No comments: