Ajudando à festa... - Cláudia Paiva Silva

Friday, November 04, 2011

Ajudando à festa...

Temos os gregos com a sua tragédia, e os portugueses (os de Lx e arredores) com os transportes. Em relação aos primeiros, não me falem em democracia e liberdade ou direito de escolha, para este suposto non-existent referendo, uma vez que se assim fosse, então, desde o primeiro empréstimo do FMI, os bacanos deveriam logo ter realizado um. Não é agora, quando já viram que não são capazes de suportar uma dívida enorme e um pagamento MUITO elevado, nem de aguentar com mais medidas de austeridade, que o iriam fazer. Agora, devido à Feiticeira Merkl e ao pequeno-duende Sarkozy (quem é mesmo o Durão Barroso no contexto da Europa??), é um "come e cala" e "não chora", porque teríamos graves problemas (mundiais)...
Sobre os segundos... epá, eu já não tenho palavras para tamanha estupidez que por aqui vai. Reduzir transportes, horário de Metros, suprimir nºs da Carris, suprimir carruagens de comboios? O que é isto? Um recolher obrigatório? Já não basta termos a história das facturas para nos controlarem os vícios (já) controlados que temos e agora ainda temos isto? Como é que eles querem mesmo reduzir o nº de automóveis na cidade se estão a dar cabo da rede de transportes? Ahh, porque as despesas das empresas são muito elevadas e a maioria está na falência. Se assim é, deve-se sobretudo à falta de capacidade de gestão financeira de quem está à frente das mesmas. Salários chorudos e pouca acção do que deve realmente ser feito: ou seja, ampliar as redes, dar cobertura a mais zonas, adquirir mais serviços de segurança. Se assim fosse, até nem me espantava com os aumentos dos passes sociais e bilhetes; de outra forma, não reconheço qualquer vantagem em aumentar para mais 25% o preço dos transportes públicos, se não irá servir para nada a não ser, tapar buracos que estas empresas têm. Pergunto-me, quem mora nos arredores de Lx (Amadora, Odivelas), se irá safar a partir das 21.30 para casa? Vai de táxi? Ou a ideia é reduzir mesmo o nº dos ainda empregados do país? E já tendo lido "todos temos de fazer sacrifícios", só me apetece lhes dizer que serão eles então a darem-me boleia até casa. Ou melhor, dá-me ganas mesmo de afirmar sem qualquer dúvida que quem o diz, é "gente" com automóvel e que o leva todos os dias para o trabalho. Já disse lá em casa: irei pedir boleia ao meu vizinho de Massamá... Já que ele acha tão bem a implementação destas novas medidas, começa a dar-me boleia até casa. Possa! Fica-lhe a caminho!

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