November 2008 - Cláudia Paiva Silva

Sunday, November 30, 2008

November 30, 20080 Comments
Poderia falar sobre imensas coisas... mas na realidade, estar estes dias em casa, alheada de muitas coisas que se passam lá fora, na minha vida social e académica permitem-me dizer que nada de vital se passou de forma a ser digno de registo. Estou na fase de hibernação, astenia de Outono que se tende a arrastar pelo Inverno que se apresentou em força, este ano, cedo demais, com todas as suas qualidades e defeitos. A unica coisa que me chamou a atenção foi o facto de estarmos a ter nevões como há já alguns anos não se viam, e andarmos a tiritar de frio, como há já algum tempo, não se sentia também. Falo por mim. Há um ano atrás, ainda andava eu de t-shirt, praticamente e não sentia frio; agora é ver-me enfiada em montes de camisolas e com dois pares de meias+collants de lã- Não resulta!
Contudo, é nestas alturas, principalmente com feriados e tal, que apetece ainda mais ficar em casa (a não ser que seja imperioso ir para um centro comercial qualquer- Colombo, Colombo, Colombo, Allegro =))) sim, sim, sim! começar a comprar prendas de Natal, que este ano, by the way, não será comemorado cá em casa por motivos familiares), a ver filmes.. Sejam eles de teor romântico (como o que a TVI passou esta tarde, ai ai.. Jude Law.. http://www.imdb.com/title/tt0457939/- The Holiday), ou então de teor catastrofista, (como The Day after Tomorrow, http://www.imdb.com/title/tt0319262/). Em relação a este ultimo, sendo que gosto particularmente dele, fez-me hoje, Anthímio de Azevedo, esse Grande Senhor da Meteorologia nacional, recordá-lo com esta pequena entrevista para o Correio da Manha (jornal diário profeta da desgraça): Anthímio de Azevedo, Meteorologista, fala ao CM sobre o tempo frio que se abate sobre Portugal. Correio da Manhã – Este frio vem antes de tempo? Anthímio de Azevedo – Nós é que precisamos de acertar os nossos relógios biológicos pela realidade astronómica. Está dentro da tendência de evolução normal, irreversível do ponto de vista astronómico, da crescente inclinação do eixo da terra, que já vai nos 24 graus e leva por exemplo os equinócios a começarem mais cedo, as andorinhas a aparecerem mais cedo e algumas plantas a nascerem mais cedo. São fenómenos com periodicidades muito grandes, neste caso são 28 mil anos. – Quais as consequências? – Vamos a caminho de ter situações meteorológicas muito parecidas de regiões com latitudes mais a sul como Cabo Verde ou Guiné, com apenas duas estações do ano: uma estação seca e outra de chuvas. Com diferenças, como este frio é exemplo, porque estamos mais perto do Pólo Norte e há mais influência continental. – A acção do Homem não contribui então para isto? – Os disparates do Homem, como a poluição, também têm influências negativas e têm vindo a perturbar isto tudo. Hoje [ontem] acordei às 06h45, fui ver imagens de satélite no site da Universidade de Dundee e vi o Atlântico como nunca tinha visto. Invadido por ar frio, sobre um oceano quente e todo coberto com faixas nebulosas. Isto explica este tempo: o oceano envia ar húmido e quente, que com o frio condensa e provoca nebulosidade, com estas condições de instabilidade em que chove um bocado e pára. – Por que é que Portugal quase sempre escapa a grandes tragédias meteorológicas que sucedem aqui ao lado, em Espanha e França? – Estamos numa situação geográfica privilegiada. Se formos mais para o interior há os problemas da continentalidade, com maiores diferenças de temperaturas. Nós estamos perto do mar e temos o estabilizador da presença da água. Bernardo Esteves
Quando leio um senhor desta idade e com a sua experiência dizer que nunca viu o Atlântico desta maneira, faz-me ter medo de muita coisa, mesmo que seja disparatada ou fora de sentido. Contudo, uma coisa é certa, estamos a mudar e só um cego (dentro do contexto de Saramago) para não o ver.
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Thursday, November 27, 2008

November 27, 20080 Comments
A wish for something more (Amy MacDonald) Oh the sun is shining far too bright
For it to still be night
Oh the air feels so cold so cold and old
How can it be light
Oh lets take a walk outside
See the world through each other’s eyes
I wish I was your only one
I think you’re beautiful but your hair is a mess
and your shoes are untied, but that's what I love best. And I, I wish I was the one
you lonely lonely son
and you looked at me that way.
I wish for long lingering glances, fairytale romances
every single day
And you look at me and say I’m your best friend every day
but I wish for something wish for something more
Oh I love you like a friend but let’s not pretend
how I wish for something, wish for something more. Oh the grass is so green
but I can’t see anything, past your eyes
I'm fixated on your smile
your cherry lips make life worthwhile
I'm thinking these things what I’m trying to say
Life gets in my way
every single day. Now the sun is fading and the rain is coming down
And I’m looking at your face but you’re looking at the ground
I see diamonds in your dreams I see pearls around your neck
I see everything that's beautiful, everything that's beautiful.
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Monday, November 24, 2008

November 24, 20081 Comments
Sismulacro (pode ser visto em http://terminal23.blogspot.com/2008/11/simulacro.html)
Caros cidadãos,
Hoje, dia 21 de Novembro de 2008, vamos simular que não estamos em crise! A partir das 15h 00m o país, mais concretamente a área da grande Lisboa vai entrar em crescimento económico súbito até Domingo.
Vamos todos fazer de conta que o capitalismo assente em mecanismos especulativos vai começar a dar frutos, que as grandes empresas vão ganhar ainda mais poder e autonomia financeira, e que alguns senhores dirigentes de grandes bancos e gasolineiras irão retribuir justamente os excelentes investimentos estratégicos e irão devolver dinheiro a todos os seus clientes.Vamos todos dar as mãos e saudar o capitalismo com "Urras" e "Vivas" e fazer de conta - relembro, até Domingo - que vivemos de forma folgada e próspera.Portugueses, Simulemos uma vitória económica na Cidade Capital deste rico país. José Sócrates
- "Pronto, acabei! O que achas desta ideia?"
- "Ó senhor Primeiro Ministro, se me permite... Talvez seja melhor simular um sismo! Sempre testávamos a capacidade de reacção da Protecção Civil, enquanto calávamos muitos cientistas que afirmam há não sei quantos anos que estamos mal preparados para um tremor de terra de grandes proporções!
Por outro lado, a ideia não era tão assustadora!"
- "Efectivamente tens razão! Um sismo sempre era mais realista. Para além disso, não tenho a certeza se os Portugueses aguentavam três dias inteiros de felicidade! É que simular tal situação é muito difícil! Então e pomos o epicentro onde? Ali no Banco de Gorringe como em 1755?"
- "Talvez não! Se calhar era melhor uma coisa mais regional! Ali em Benavente como em 1909, por exemplo! Assim limitávamos esforços sem obrigar a Protecção Civil a trabalhar muito, e não incomodávamos turistas algarvios resistentes ao frio. Uma coisa que implicasse só as Câmaras de Santarém, Benavente e Lisboa!... O que é que diz?
"- "Isso mesmo! Óptima ideia! Põe esse plano em marcha e começa já a emitir comunicados! Até calha bem porque como hoje é greve da função pública até nem vamos incomodar muita gente!"
- "E o Senhor Primeiro quer mais alguma coisa?"
- "Não é tudo! Agora deixa-me escrever aqui uma carta ao Major-General Arnaldo Cruz da ANPC a pedir desculpa pelo incómodo, que daqui a bocado vai começar o minuto verde e eu quero ver se não perco a dica de hoje!"
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Monday, November 17, 2008

November 17, 20080 Comments
Sendo que possivelmente terei apanhado uma valente constipação, e declarando que não tirei nenhuma fotografia do evento porque, enfim, está tudo muito tremido e a poeira só assentou superficialmente, devo dizer que ontem à noite me senti muito feliz por ver os meus meninos todos juntos outra vez. Não importa que depois tivesse sentido o frio a entrar-me pela pele dentro, o que estava a fazer com que as minhas mãos inchassem mesmo depois de termos andado, sim concerteza que andámos, alguns quilómetros, subindo e descendo as colinas de Lisboa, da Sé ao Bairro e depois, não contentes com isso, parássemos pela Bica e continuássemos até à 24 de Julho. Foi uma noite de, praticamente, Inverno, bastante agradável, mesmo que estivesse "encerrada" a partir das 02.00 ou que em todo o lado nos obrigassem a pagar quantias para as quais ainda não ganhamos o suficiente. Estivémos todos juntos, mesmo com todas as tricas copiadas sem querer das novelas mexicanas.
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Wednesday, November 12, 2008

Sigur Ros- Inní mér syngur vitleysingur ("Within me a lunatic sings")
Aprendendo a esperar por ti, sempre (citando M.R.Pinto)
November 12, 20080 Comments
Peço desde já desculpa, mas as palavras que se seguem não só, nem pouco mais ou menos da minha autoria, embora reconheça e me identifique em tudo o que nelas está contido. "É possível que no meu património genético exista o gene da espera, herdado das avós das avós das minhas avós, séculos a fio repletos de gerações de mulheres que viveram toda a sua vida à espera dos homens, desde a reconquista de Portugal, escondidas em pequenas aldeias do norte sob a protecção do condado. Depois, até ao reinado de D. Afonso IV, enquanto combatiam a mourama. E mais tarde, na era dos Descobrimentos, quando partiam em naus e caravelas e ficavam por lá, a plantar a bandeira de Portugal nas praias que iam conquistando, erguendo padrões e fortes onde podiam, desde a costa africana até às Índias, passando pelo Brasil e por tantos outros lugares. As mulheres portuguesas sempre esperaram pelos homens e a isso eu chamo a vocação de Penélope, a sábia e sensata mulher de Ulisses que esperou vinte anos pelo marido, sem nunca permitir que nenhum outro homem se casasse com ela e usurpasse o trono de Ítaca. (...) Como é incompleta a Odisseia! A história devia ter contado os milhares de trabalhos de Penélope a tentar defender a sua casa e o seu coração e não os doze trabalhos de Ulisses.(...) Penélope era forte. Não desistiu de esperar, mesmo sem telefones, e-mails, ou mensagens escritas. (...) Sabes que já fui muito parecida contigo? A minha sede insaciável de viajar fazia-me imaginar que cada cidade que conhecia podia transformar-se na minha nova casa; sonhava que era capaz de lá viver e deliciava-me com a ideia de ter múltiplas e paralelas existências. O tempo, a maternidade, a velhice gradual dos meus pais, a morte de alguns amigos e o apego ao meu trabalho mostraram-me que o meu lugar era aqui. Portugal é a minha terra e Lisboa a minha casa. E quando acordo de manhã e abraço o rio, sinto uma paz merecida, a tranquilidade daqueles que aprenderam a viver com os seus medos e dou graças à vida por me ter mostrado o lugar onde pertenço. Demorei muito tempo a perceber onde me sentia feliz. Não parei de correr por cansaço ou por não saber que direcção seguir. Acredito que de uma forma natural e inequívoca, fui descobrindo que era aqui que era feliz, que preciso de Sol para viver em paz e da respiração do Atlântico para me sentir completa, plena." (...) "Se calhar sou doida, sofro da mais antiga enfermidade do ser humano e que ainda nenhum cientista se lembrou de diagnosticar, estudar e classificar como uma patologia: não sei viver sem amor. Preciso de amar e de ser amada para viver sem me deixar engolir pela realidade, sem sentir que estou a lutar para me manter à tona. A vida sem amor é para mim uma questão de sobrevivência, um deserto imenso e assustador, um vazio do tamanho do buraco negro. Porque antes de tudo e depois de tudo está o amor. E tudo acaba, tudo passa, tudo se desfaz, se desfigura, se dissipa, se enterra se transforma, mas o amor nunca acaba, porque é impossível viver sem amor. Mesmo que só existam palavras, o amor vive-se na mesma. A pior coisa é não amar, penso que isso não existe. Se fosse uma heroína romântica, acabaria tísica num convento de freiras. Felizmente nasci na segunda metade do século XX, e por isso, em vez de me entregar a um destino trágico e estúpido, trabalho, colecciono sapatos e janto fora com os meus amigos." (...) "Todos procuramos um grande amor, não interessa se temos 16, 36 ou 63 anos, não interessa se nascemos ricos ou pobres, inteligentes ou burros. A necessidade da realização pessoal através do amor é uma das maiores verdades universais. Mas a vida vence quase sempre o amor, por isso são muito poucas as pesoas que se podem alegrar com a consumação plena desse sonho. Não sou dona do tempo nem de nenhuma verdade, a não ser daquilo que sinto. (...) Quando se ama alguém tem-se sempre tempo para essa pessoa. E se ela não vem ter connosco, nós esperamos. O verbo esperar torna-se tão imperativo como o verbo respirar. E aprendemos a respirar na espera, a viver nela, afeiçoando-nos a um sonho como se fosse verdade. A vida transforma-se numa estação de comboios e o vento anuncia-nos a chegada antes do alcance do olhar. O amor na espera ensina-nos a ver o futuro, a desejá-lo, a organizar tudo para que ele seja possível....(...) É mais fácil esperar do que desistir. É mais fácil desejar do que esquecer. É mais fácil sonhar do que perder. E para quem vive a sonhar, é muito mais fácil viver."
Para C.
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Saturday, November 08, 2008

Lost
November 08, 20080 Comments
Just because I'm losing
Doesn't mean I'm lost
Doesn't mean I've stopped
Doesn't mean I'm across
Just because I'm hurting
Doesn't mean I'm hurt
Doesn't mean I didn't get what I deserved
No better and no worse
I just got lost
Every river that I tried to cross
Every door I ever tried was locked
Oh and I'm just waiting 'til the shine wears off
You might be a big fish
In a little pond
Doesn't mean you've won
'Cause along will come
A bigger one
And you'll be lost
Every river that you tried to cross
Every gun you ever held went off
Oh and I'm just waiting 'til the firing's stopped
Oh and I'm just waiting 'til the shine wears off
Oh and I'm just waiting 'til the shine wears off
Oh and I'm just waiting 'til the shine wears off
Coldplay
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Thursday, November 06, 2008

Mogwai- Auto Rock

Wednesday, November 05, 2008

Leave out all the rest
November 05, 20080 Comments
I dreamed I was missing
You were so scared
But no one would listen
Cause no one else cared
After my dreaming
I woke with this fear
What am I leaving
When I'm done here
So if you're asking me
I want you to know
When my time comes
Forget the wrong that I've done
Help me leave behind some
Reasons to be missed
And don't resent me
And when you're feeling empty
Keep me in your memory
Leave out all the rest
Leave out all the rest
Don't be afraid
I've taken my beating
I've shared what I made
I'm strong on the surface
Not all the way through
I've never been perfect
But neither have you
So if you're asking me
I want you to know
When my time comes
Forget the wrong that I've done
Help me leave behind some
Reasons to be missed
Don't resent me
And when you're feeling empty
Keep me in your memory
Leave out all the rest
Leave out all the rest
Forgetting
All the hurt inside
You've learned to hide so well
Pretending
Someone else can come and save me from myself
I can't be who you are
When my time comes
Forget the wrong that I've done
Help me leave behind some
Reasons to be missed
Don't resent me
And when you're feeling empty
Keep me in your memory
Leave out all the rest
Leave out all the rest
Forgetting
All the hurt inside
You've learned to hide so well
Pretending
Someone else can come and save me from myself
I can't be who you are
I can't be who you are
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