Pequenas insignificâncias - Cláudia Paiva Silva

Thursday, November 22, 2007

Pequenas insignificâncias

Soube hoje, através do blogue de um amigo meu, que dois familiares de uma antiga amiga minha (e agora nossa) faleceram. Deparei-me com a notícia sob a forma de choque. Não estava à espera nem da mesma, nem de a saber desta forma. Através do blogue de um amigo nosso. Chego à conclusão de que o Messenger não trás nada de bom. É engraçado em princípio, as conversas são triviais, e de repente, as que são menos triviais e mais pessoais, são transmitidas via um acesso de comunicação, através do qual as pessoas não se vêem. Não estamos presentes para dizermos uns aos outros que gostamos deles, nem para transmitir Força, Amor, Amizade. Claro que a palavra é forte, mas as acções, oh.. as acções valem muito mais que isso. Eu deixei de falar, pura e simplesmente com esta minha amiga. "Vejo-a" todos os dias no Msn, mas nunca abro a janela de conversação para perguntar como vai a vida. E quem diz ela, diz muitas outras pessoas, com as quais eu falava e deixei de falar. Eu sei que sou um bom bocado anto-social; deixem-me fechada no meu casulo que eu cá fico sozinha e muito bem, mas desde há uns meses para cá, presinto que esse caminho não me vai levar, mais tarde ou mais cedo a lado nenhum. E realmente ando a desperdiçar a zona do meu coração dedicada à amizade com algumas individualidades que em nada têm contribuído para me deixarem com um único semi-sorriso na cara. Não sei por onde andei quando aqueles que realmente se interessam/ interessaram por mim, mais precisaram. Fugi! Pensei que já tinha problemas de sobra, quanto mais ter que lidar com os outros. Não pode ser assim: não posso atirar com bombas de moral e pérolas de saberdoria, desaparecendo de seguida, quando se calhar os outros, também tinha isso e muito mais para me atirarem à cara.
Sinto-me triste comigo mesma, e não me importa que me sinta tão em baixo em vésperas de teste. Isso é um problema menor face àqueles que as outras pessoas têm.
Para ti Helga, todo o apoio que não te soube dar durante os últimos 4 anos. Para ti Rita, a Amizade que nunca soube ter, durante os últimos 5 anos (e tu foste a primeira pessoa que conheci na faculdade). Para ti Isabel, pelo Carinho e Amor que te deveria ter dado e prestado há um ano, quando de certeza precisaste e eu não soube oferecer.
Vocês merecem o Mundo!

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