Em semi vésperas de Novo Ano, lá vem ela com a política... - Cláudia Paiva Silva

Saturday, December 30, 2006

Em semi vésperas de Novo Ano, lá vem ela com a política...

Era um tirano, um ditador e um assassino. Matava homens, mulheres, crianças (mandava matar que é o mesmo), matava membros da própria família, era de um país muçulmano (que se tudo corresse bem, já tinha tido tempo de ser cristianizado, à moda das antigas Cruzadas- onde anda um Rei Artur ou um D. Sebastião, ou mesmo um Afonso Henriques, se quisermos ir mais longe na História de Portugal, quando precisamos deles, para nos oferecer carnificina televisiva em pleno seculo XXI?). Merda! De repente lembrei-me do invasor do Iraque... Não, não, não é de facto o Presidente Bush, mas sim o Ocidente em peso, na forma de milhares de soldados que andam a cair como tordos. E, vendo bem as coisas, principalmente o que aconteceu hoje, uma semana que para a maioria da população mundial, é de Paz e Amor e Resoluções para o Ano Novo, é apenas mais um dia, de mais uma semana, de mais um mês e mais um ano de guerra num país chamado Iraque. Pode ser só impressão minha e espero bem que seja (embora não sendo impossível, é pouco provável), mas o que NÓS TODOS andamos a fazer, a invadir países que podiam não estar bem, mas que agora só irão ficar mais devastados, do que estavam, irá ser revelado contra nós. Causa-Efeito. Um dos princípios da Física. Eu ataco, tu atacas, ele ataca... nós matamos, vós matais, eles matam. Um dia destes tudo se virará ao seu criador. Espero estar bem longe para não ver. Provavelmente estarei longe do mundo ocidental "industrializado e bem falante", provavelmente andarei com um shador e estarei na Arábia ou no Irão. Mas pelo menos, não vou ter peso nenhum na consciencia, porque não fui eu, defenitivamente NÃO EU, que comecei com esta farsa toda. Ainda bem que existe um Bush no Mundo. Parabéns aos que AINDA acreditam nele. Boa sorte para o próximo ano.

4 comments:

Gux said...
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Gux said...

Ainda bem que existe o bush? pobres árabes.. tadicos.. ahh! Não são santos! Ao fim e ao cabo do ponto de vista estritamente racional já foi ao contrario. Em 711 esses seres adorantes de Alá enfiaram se península a dentro para nos virem legar os alguidares mais os alforges e outros al-caraças.
Nas imediações da data, ganharam os interesses pouco altruístas de quem tinha maior poder militar. 1000 e tantos anos depois mudou assim tanto o cerne da questão? Não querendo com isto insinuar vingança ou legitimidade, porque o poder raramente tem ética. Diz-se que tem porque fica bem para as massas ignorantes. É importante dar motivos à hora de jantar para as noticias escorregarem bem com o pão. Aquilo engole-se bem entre a canja e a maria joaquina que afinal matou a filha enquanto toda a gente desconfiava muito sem fazer nada.

Não tive peninha nenhuma do Sadam. Que o homem arda no inferno (ou mais que não seja na memória inusitada de mentes inteligentes) ! Independentemente de ter sido com boas ou más razões já era tempo de esse traste deixar de balbuciar barbaridades e ser enterrado.

Se há inocentes no Iraque? há! Também haviam inocentes nas torres gémeas e há inocentes na faixa de Gaza! Mesmo dentro das famílias de bombistas há inocentes, como há inocentes nos estados unidos e há inocentes por cá, como tu te proclamas inocente. Seres esmagados por uma ideologia mais ou menos colectiva de que não querem fazer parte. É uma espécie de ditadura da “democracia”. E então? Soluções? Que fazer quando todos juntos formam um continente de selvajaria desmedida? Não vejo outra saída se não esta de ir penetrando de mansinho nas comunidades, tentando vender o peixe da “ideia alternativa”, com melhores condições de vida e emprego, eleições – poder de decisão, mesmo que seja ainda uma luz ao fundo do túnel. Ir dando ocupação a essa gente que não tem oportunidade de ver mais nada se não morte. Providenciar integração.

É por isto que gosto tanto da ideia do estado pós moderno. Um estado dependente de parceiros, salvaguardando a sua identidade apesar do intercâmbio de culturas e géneros. Tenho fé que com a evolução das armas e a alfabetização das populações a guerra perca sentido. Está a ficar desactualizada. .. é grotesca e rudimentar. A única razão que encontro para a persistência da guerra é o dinheiro que circula à causa das armas. Mas a larga maioria dos países actualmente em guerra obtêm os seus rendimentos sobretudo do petróleo, pelo que em menos de 50 anos deixarão de puder pagar as pesadas facturas... e depois? Bom, talvez seja ingenuidade, mas gosto de acreditar que depois da miséria franciscana veem bons contractos para empresas de construção norte-americanas (ninguém disse que a exploração acaba... mas pelo menos haverá paz. :S )

E tu tens ideias para soluções?
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\\ Mudando radicalmente de assunto: //
\\ FELIZ 2007!!! //
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Cláudia Paiva Silva said...

Não me parece que começar uma guerra num país que supostamente nada tem a ver com o nosso (e isto em relação à relação entre EUA e Iraque dá pano para mangas e resto do fato completo), só porque aqui d'el rei, há-de ter armas de destruição maciça, não será realmente a solução mais acertada. E desculpa que te diga que isso de termos sido invadidos por adoradores de Alá, é concersa para boi dormir, uma vez que antes deles tinham sido os visogodos e os celtas e todos aqueles que supostamente estavam contra o império-romano. E apenas por adorarem um Deus diferente, torna-los uns vandalos que não merecem lugar na Terra? Antes de apontar dedo aos muçulmanos, que tal olhar para o povo de Israel e tentar perceber o principal razão pela qual até 1948 eram expulsos de todos os locais onde se encontravam? Sim, porque até essa data, que me lembre, a Palestina era uma só e não havia Faixa de Gaza nenhuma a fixar fronteira entre um povo cultural e religiosamente diferente de outro, ou será que já havia? Bom, talvez a Santa Inquisição também nada te diga em relação à tradição ocidental de querer cristianizar tudo e todos à força, ou mesmo o mais recente massacre no Kosovo, também não te faça compadecer perante alguns "árabes" rebeldes e sem pátria certa. Foi lá (nas arábias) que começou a civilização, muito antes de Gregos e Troianos, mas hoje em dia, muito poucos se lembram disso.
Se eu tenho pena dos 3000 das Torres Gémeas? Tive, na altura certa, deixei de fazer luto por aqueles que morreram face ao terrorismo iniciado por outro homem que nao se chama Saddam. E aconselho-te, mais aos que lerem isto, a estudarem a vida do enforcado, porque tal como escrevi ao início, tem muito a ver com o País Nº1 do Mundo.
E ainda bem que os adoradores de Alá, para cá vieram juntamente com o seu vocabulário. Com certeza que assim o nosso ficou mais rico e bem mais engraçado. E não te esqueças que és ALgarvia.. a páginas tantas também és de origem árabe e não tarda começam com uma perseguição à tua pessoa. AHHHH! Viva as Cruzadas! E BOM ANO 2007 ;)

Gux said...

perdão naturalmente ao ser pouco directa expliquei-me mal. O que queria dizer é que nao há inocentes. Não há bons em lado nenhum. Não há brancos. Há cinzentos. Cada um faz aquilo que pode para defender os seus interesses. Eles e nós. Nunca disse que era justo que assim fosse.

Quanto ao Sadam.. eu sei que ele foi lá posto pelos estados unidos e que estes o apoiaram enquanto lhes deu jeito. Then again, that does not delete what he has done and there fore I am still glad he's gone.

Sou concerteza descendente de arabes. Só é preciso não ser daltonico para presumir isso. Não tenho nada contra os muçulmanos pacificos. Agora, vais-me perdoar, mas chateia-me tanto que eles matem pessoas como me chateia que deste lado se matem pessoas. É a questao da morte que em interessa. O resto sao detalhes culturais.