September 2006 - Cláudia Paiva Silva

Wednesday, September 20, 2006

Furacões no Atlantico
September 20, 20061 Comments

Olhem tão giro e tão fora do vulgar! Dois furacões fora da rota do costume. Quer dizer, invulgar, nos dias que correm, já não é assim tanto, basta a temperatura da água do mar estar a aumentar para acontecerem destas coisas. Já no ano passado foram os furacões /tempestades tropicais Vince e Delta (esses dois grandes malucos) e um dia destes não se admirem se piorar. Agora, perguntam vocês, onde está o Gordon na imagem?? A resposta é a bolita(!!!) azulada que se encontra mesmo a meio da imagem de satélite! A depressão grandalhona do lado esquerdo é o Heleine, outro furacão que se encontra a NE das Bermudas, a rodar e a rodar, mas que parece não querer ir a lado nenhum e teima em ficar no mesmo local. Para quem gosta deste tipo de fenómenos não muito comuns, aconselho a verem o filme Dia depois de Amanha. Pode não ser tão real quanto o Uma verdade inconveniente, mas pelo menos mostra um cenário possível para quando isto tudo descambar. E o pior é que estaremos cá para ver...

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Eu prometi um, mas devem ser dois ou três...
September 20, 20060 Comments
Nem sei como dizer... realmente é mais forte do que eu e, como todos nós sabemos, o que tem de ser, tem muita força. Segunda-feira, dia 18 (foi não foi??) recomecei as aulas na FCUL. Eu acho que só aquele dia foi uma espécie de aviso...sim, uma premonição do que a partir daqui será a minha vida. Ou seja, um verdadeiro horror. Sim, porque não é normal eu acordar às 06.00, com muito custo, ir toda pipoca para a estação de comboios de Queluz-Belas e esperar mais de uma hora para entrar numa máquina de movimento. É que foi logo assim, PAH, para começar... mas o melhor estava para vir. O melhor mesmo foi chegar (tarde e a más horas) à faculdade e não ter a 1ª aula da manha, marcada no horário para as 08.00. E quem diz essa, diz todas as que se seguiram, à excepção de uma à hora do almoço e depois outra mais para o final do dia. Dia 2 (terça-feira): Foi ligeiramente melhor. Como me senti injustiçada pela segunda-feira, resolvi faltar às aulas da manha. PIMBAS! Já consegui ter uma falta a uma cadeira que por acaso está em atraso (não tenho vergonha nenhuma, mas confesso, dormir soube bem melhor). E depois lá fui na tarde soalheira e ainda quentinha para ter a apresentação a uma disciplica nova. Gostei do que vi e ouvi, só espero que se mantenha o mesmo nível, senão, estamos mal. Dia 3 (hoje): A coisa correu tão bem ou melhor que ontem. É que NEM FUI a Lisboa hoje. Não, não resolvi faltar a tudo, apenas não tive aulas. Honestamente, não tive aulas hoje, a maioria eram práticas e ainda não há matéria para tal. Tenho cá a sensação de que isto só começa a sério na próxima segunda. Como podem ver, está a ser ouro sobre azul. Mas amanha, quinta-feira, é a vingança...levo com quase todas as disciplinas que ainda por cima demoram 3 a 4 horas cada uma, só que aquilo que eles não sabem é que sexta, volto a não pôr lá os pés. Eu e a faculdade andamos a brincar às escondidas. Mas é Sol de pouca dura e, em breve, saberemos quem levou a melhor, se a FCUL (quase de certeza), ou eu (em alguns dias específicos: chuva, greve de transportes, quedas de meteoritos, etc..)
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Saturday, September 09, 2006

Breathe
September 09, 20061 Comments
Pink Floyd Breathe (Waters, Gilmour, Wright) Breathe, breathe in the air. Don't be afraid to care. Leave but don't leave me. Look around and choose your own ground. Long you live and high you fly And smiles you'll give and tears you'll cry And all you touch and all you see Is all your life will ever be. Run, rabbit run. Dig that hole, forget the sun, And when at last the work is done Don't sit down it's time to dig another one. For long you live and high you fly But only if you ride the tide And balanced on the biggest wave You race towards an early grave. //////////////////// Midge Ure Breathe With every waking breath I breathe I see what life has dealt to me With every sadness I deny I feel a chance inside me die Give me a taste of something new To touch to hold to pull me through Send me a guiding light that shines Across this darkened life of mine Breathe some soul in me Breathe your gift of love to me Breathe life to lay 'fore me Breathe to make me breathe For every man who built a home A paper promise for his own He fights against an open flow Of lies and failures, we all know To those who have and who have not How can you live with what you've got? Give me a touch of something sure I could be happy evermore Breathe some soul in me Breathe your gift of love to me Breathe life to lay 'fore me To see to make me breathe Breathe your honesty Breathe your innocence to me Breathe your word and set me free Breathe to make me breathe This life prepares the strangest things The dreams we dream of what life brings The highest highs can turn around To sow love's seeds on stony ground Breathe Breathe Breathe some soul in me Breathe your gift of love to me Breathe life to lay 'fore me To see to make me breathe Breathe your honesty Breathe your innocence to me Breathe your word and set me free Breathe to make me breathe
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Friday, September 08, 2006

Enquadramento geológico da Serra de Sintra
September 08, 20060 Comments
Esta apresentação faz parte do trabalho de grupo da disciplina de Geologia de Campo II (3º ano de Licenciatura em Geologia).
"Enquadramento geográfico, geomorfológico e paleoambiental. Constituindo o “acidente geológico e geomorfológico mais importante da península de Lisboa” (C.Teixeira, 1962), a Serra de Sintra, de origem magmática, encontra-se sobressaída a uns 300 metros acima das plataformas sedimentares calcárias que a rodeiam. Considerado um relevo de dureza, que terá sofrido erosão diferencial, apresenta uma vasta superfície de aplanação, sob a forma de um alongado “inselberg” cujas dimensões compreendem 10 km de comprimento por 5 km de largura, cujo eixo maior se encontra orientado segundo E-W, com um comando que ronda os 500 metros de altura (Galopim, 1995), sendo ainda recortado a Ocidente pelo mar, originando uma costa bastante recortada por altas falésias, prolongando-se até uma certa distância da costa (Kullberg, 1984). Os cursos de água existentes cortam a paisagem segundo uma orientação NE-SW. Caracteriza-se também pela presença de um degrau correspondendo a uma paleopraia bem demarcada devido aos elementos sedimentares que possui (Matos Alves, 1971). Climatericamente, a região de Sintra e seus arredores foram palco de várias transformações, primeiramente durante a formação da Bacia Lusitânica, (Trásico superior- Jurássico), durante a qual as temperaturas eram mais elevadas e o clima mais húmido que actualmente, predominando um sistema morfoclimático sub – húmido e, por último, num crescendo de eventos, no início do Cenozóico, um período climático do tipo tropical de tendência sub – árida, caracterizado por sucessivos depósitos acumulados. A área em estudo é pois afectada não só pela intrusão do maciço, bem como por todos os restantes aspectos mencionados, situando-se a Sul do mesmo, entre a Praia do Abano (base da área) e a Ponta da Abelheira (topo norte da área) no sopé da Serra, numa extensão total de 1 km. Enquadramento geológico Tal como já foi referido, a Serra de Sintra é o resultado de uma intrusão magmática diapírica oriunda da parte superior do manto, estando relacionada com os maciços de Monchique e Sines, devido à abertura do Golfo da Biscaia. Assumindo por razões tectónicas e estruturais regionais, uma forma elíptica com eixo maior E-W, ascendeu até aos níveis mais elevados da crosta atravessando 30 km de espessura de rochas graníticas do soco, acabando por se intruir ou encaixar em rochas mais recentes, de natureza sedimentar, de uma sequência de camadas espessas com cerca de 3500 metros, na maior parte acumuladas no fundo do mar, entre o Jurássico superior e o Cretácico médio. Nesta ultima fase de intrusão, há cerca de 82 Ma, o núcleo magmático terá deformado e elevado as camadas encaixantes (final do Cretácico), (Galopim, 1995). Hoje interpretado como um sinclinal anelar quase completo, (Kullberg, 1984), exibe pois uma grande variedade petrográfica com diferentes tipos litológicos dispostos em anel. Em virtude do condicionalismo tectónico regional, o maciço evoluiu numa grande dobra anticlinal assimétrica tombada para Norte, com tendência cavalgante nesse sentido, testemunhado por falhas inversas ao longo dessa directriz, gerando portanto um doma dissimétrico. Alguns autores estão em desacordo quanto ao tipo de mecanismo magmático que permitiu a variedade petrográfica (Kullberg, 1894), mas, segundo Matos Alves (1964, 1981), os principais são os grantitos subalcalinos a calcoalcalinos, os sienitos e sienitos quartzíferos, os dioritos quártzicos, gabros, mafraítos, brechas eruptivas e uma vasta rede filoneana, constituída por microgranitos, riolitos, traquitos, microsienitos, microdioritos, doleritos e lamprófiros. A sequência mesozóica, ou seja, a cobertura sedimentar atravessada pela intrusão, contorna a serra na sua totalidade, com um grupo de estratos inclinados para a periferia dos sectores Sul e Leste, estando os do bordo Norte bastante inclinados, verticais ou mesmo invertidos, em consequência do cavalgamento já referido. Distribuída entre o Jurássico superior e o Cretácico médio, esta sequência está representada maioritariamente por rochas calcárias de fácies marinha com uma intercalação litoral, durante a qual se estabeleceu, primeiro, um regime recifal e mais tarde, após emersão, uma situação francamente continental, expressa pela deposição abundante de sedimentos detríticos, tais como conglomerados, areias e argilas. Uma vez que os continentes euro-asiático e americano ainda se encontravam unidos e o Atlântico ainda não se encontrava totalmente aberto, um braço de mar insinuava-se contudo, de Sul para Norte, constituindo a Bacia Lusitânica. As formações sedimentares que servem de encaixante foram depositadas na Bacia Lusitânica, alongada segundo a direcção NNE – SSW, e de reduzida extensão lateral, que se instalou durante o Mesozóico, bordejando a W o Maciço Hespérico, emerso. Definindo um graben cujos blocos são limitados por acidentes tardi-hercínicos, a sedimentação, principalmente a sedimentação marginal foi fortemente controlada por reactivações posteriores destes acidentes, traduzidas por bruscas variações laterais de fácies e de espessura de sedimento, registos de frequentes oscilações marinhas. Enquanto que a Norte da bacia sedimentar ocorria grande instabilidade tectónica, na região de Sintra as condições de deposição foram relativamente estáveis, criando ambientes laguno – marinhos, várias vezes isolados por barreiras recifais (Kullberg, 1984). Logo a seguir à deposição sedimentar e, devido ao processo tectónico global, toda a área foi reinvadida pelo mar, o qual, foi promovendo a formação de lagunas as quais conservaram na vasa, elementos bio-organicos. Após a intrusão diapírica ocorreu a consequente deformação das camadas com maior incidência nas que se situam nos seus bordos, devido à orla metassomática que a ascensão e contacto favoreceram. Por ultimo, já no Quaternário, o mar deve ter novamente invadido a região, formando os níveis de praias levantadas. A deformação das camadas sedimentares prolongou-se contudo, para além da altura de intrusão do maciço de Sintra, chegando aos dias de hoje."
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Tuesday, September 05, 2006

Férias... algumas fotos, o resto ainda está em formato rolo.. não gosto cá de mariquices digitais (ainda...)
Freddie Mercury
September 05, 20060 Comments
Se fosse vivo, faria hoje 60 anos. O problema é não estar vivo.
Decorre neste preciso momento uma homenagem a um dos maiores cantores/ compositores/ showbizman de sempre, e podem bem cá vir falar do John Lennon, do Bob Dylan, do Jim Morrison e outros que tais, que hoje, não vale mesmo a pena.
Nem de propósito, faz agora 10 anos que eu, na altura pré adolescente de borbulhas no nariz, comecei a interessar-me pelos Queen. Por ouvir na rádio ou por influências paternais? Ambas as hipóteses seriam erradas. Ao contrário, qual paixão avassaladora me tocou, igual às que aconteciam às meninas da minha idade e fui logo gostar de um rapagão (na época o rapaz era mesmo alto, para os seus 16 anos... como eu me lembro das coisas) que andava no 9º ano. Ora, como não interessa, ou pelo menos ficará para outra ocasião, mas vim a saber que o dito era grande fan do Freddie e dos Queen. Ora, eu, louquinha com a paixoneta, fui logo tratar de adqurir uma cassete (sim, cassete, ainda tenho muito disso) do album Made in Heaven.. e, tendo sido influenciada por um rapaz que nunca cheguei a conhecer pessoalmente, ou não, apaixonei-me na verdade pelo que ouvi.
Lembro-me embora mais vagamente de ver e ouvir a notícia do seu falecimento na televisão, e que no mesmo dia, acho eu, fizeram um especial sobre a sua vida. Portanto, de alguma forma, isso ficou-me na cabeça, mas foi preciso um fulano qualquer despertar-me a atenção para um dos fenómenos musicais que ficarão na história.
Morreu vítima de uma doença oportunista, Pneumonia, devido ao facto de ter contraído VIH e consequentemente, ter progredido para SIDA, numa época em que a prevenção não era o que é hoje, e a doença concentrava-se só ou quase só na comunidade gay. O próprio admitiu que foi bastante promíscuo, mas que isso não o impedia de viver como gostava.
Pergunto-me se, eventualmente, ele não tivesse morrido, se não se tivesse criado este mito em torno do homem mortal, continuaríamos a falar dele e dos Queen com o mesmo fervor, com a mesma vontade e gosto.
Eu acho que não. Sabem, existem pessoas que passam nesta vida a correr, exactamente para marcarem esse efeito nas outras pessoas. Exactamente para se tornarem mitos de várias gerações.
O Freddie era e ainda é um desses corredores.
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Ano Novo, Vida Nova?? About me
September 05, 20060 Comments
Para mim o ano começa agora, em Setembro. Somente porque em Dezembro estou a fazer tanta coisa que nem dou pelas badaladas do relógio, e acabo por descobrir que é bem mais fácil desejar-se pelas férias de Verão, do que propriamente pelo espírito natalício. Bom, na realidade, não será este o único motivo. Afinal, agora que as aulas vão recomeçar na bela faculdade onde estudo (mais concretamente na ala hospitalar da Faculdade de Ciencias- nada a enganar, é o edifício branco (sujo) ou crù atrás da de Letras da Universidade de Lisboa), vou-me reencontrar com todos os meus colegas e professores e até amigos, que não sendo da faculdade, fica-se sempre um mês inteirinho sem se ver. O problema é a volta à rotina, se os reencontros e os reinicios e as rentrées são excelentes, passadas umas semaninhas, já não posso com aquilo. A sério! Ao menos sou honesta, fico farta do sair de casa cedo, apanhar o comboio, apanhar o metro, andar um bocadinho até à ala/ faculdade, ver as caras dos "profes", ver as caras dos colegas, muitos deles ainda a dormir, ter um horário merdoso e, lá está, quando menos eu espero, já estamos em exames e já passou mais um ano civil... Claro que a única coisa a fazer é desejar-se ardentemente que a porra do clima aqueça, que as temperaturas subam, que o Verão e as férias cheguem e começa tudo de novo. Resumindo e concluindo, eu, Claudia, sou a típica portuguesinha de classe media baixa a viver nos arredores suburbanos de Lisboa, que não gosta de levantar o cu da cadeira para fazer seja o que for (embora isso também seja uma rotina e, péssima, por sinal) e que espera, como todos os outros portuguesinhos, pelas férias, feriados ou seja lá o que for, para não ter que pensar em nada. Prazer em conhecer-vos também.
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